sexta-feira, 15 de abril de 2011

Elementar, minha cara Watson

Emma Watson

Uma das coisas mais óbvias na armadilha do deslumbramento artificial do mundo do espectáculo é cair no seu vazio e futilidade. Suponho que não seja fácil manter a coerência do rumo daquilo que realmente é importante quando se cresce rodeado de uma super-exposição mediática desde tenra idade.
A partir do momento em que se abraça o mundo em que vivemos como algo natural e deixamos de o tentar combater, a vida acaba por se nos apresentar muito mais facilitada. Até atingirmos tal nirvana, somos acometidos pelas chamadas dores de crescimento, algo que eu supostamente nunca me lembro de ter tido, embora tenha mudado de pele algumas vezes. A rebeldia e a auto-comiseração subjacentes são parte do processo natural de desajustamento até se atingir a maturidade.

A máquina analítica que eu sou, bem que precisava de uma companhia dessas. Um contraponto para os momentos em que me perco e encontro entre as dezenas de papeis, livros e documentos ou por entre os milhares de raciocínios dedutivos que as minhas células cinzentas fazem e que me deixam, muitas vezes, à beira da inanição, já para não falar da insónia permanente.
Alguém que me desse moral e que pudesse avivar a intuição na minha procura permanente de respostas.
Não se deixem deslumbrar por semelhante raciocínio. Isto é elementar.

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