sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A mulher enquanto forma de arte

Monica Bellucci

Hoje é o aniversário de Monica Bellucci. O padrão da beleza feminina. A deusa do sexo que torna as mulheres em lésbicas e os homens em lobos famintos. A expressão da arte italiana primus inter pares, feita nas margens do Tibre, abençoada pelas ninfas Tiberinas. A rainha imperial, a noiva vampírica, a succubus, a princesa, a prostituta; com e sem coração de ouro, a mulher violentada, la donna, o esplendor do gineceu, o modelo a representar outro modelo e a actriz a representar uma actriz.

Imagem criteriosamente escolhida aqui.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Banha da cobra

"Trusty" por Aaron Eiland

Peça artística desenhada pelo ilustrador texano Aaron Eiland, que tem como inspiração os comentários recentes feitos por Rick Perry, actual Governador do Texas e candidato presidencial Republicano às primárias da eleição presidencial de 2012.

Visto aqui

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

F - A# - G# - C#

A vaidade intelectual é uma coisa lixada. Impede muita gente de ver a grandeza inerente em determinado momento musical e o impacto cultural resultante do agitar de pântanos estagnados. Porque foi isso que o álbum Nevermind fez, uma fotografia de uma catarse sonora, um instantâneo das emoções de Kurt Cobain, passados sob a forma de música.
"Smells Like Teen Spirit" rompe com o habitual na monotonia das canções pop que se ouviam até aí, através de uma fórmula de variação dinâmica que já se encontrava presente, por exemplo, no trabalho dos Pixies.
Nevermind é um rastilho, que depois incendiou os media. Os mesmos que já tinham utilizado o termo "grunge" no final dos anos 80, mas que não tinham nenhuma banda que fosse popular o suficiente para o massificar. Um rastilho semelhante ao "Anarchy in the U.K." dos Sex Pistols, que tinha sido lançado quinze anos antes, havendo por isso toda uma geração de pessoas que nunca tinha assistido a nada parecido.

Como qualquer rasgão no status quo musical, o torpedo sonoro entregue pelos Nirvana era pouco complexo e estimulava directamente os centros de recompensa do cérebro. Fazia parte da "Electric Church" popularizada por Jimi Hendrix, outro nativo de Seattle e, ao tempo, um arquitecto da Revolução.
Todas as bandas aspiram à Revolução, penso que esta frase foi dita pelos Sonic Youth, e a música anti-situacionista, seja a do Hendrix, a dos Pistols, ou a dos Nirvana, tem sempre o mesmo objectivo: mexer com a consciência das pessoas, agitar as águas, acordar qualquer coisa dentro da alma das pessoas que previamente estavam a dormir, embaladas pela música sem alma que lhes é fornecida pelo sistema.
Claro que o próprio sistema abraça essa mesma música, para depois a regurgitar e comercializar sem qualquer pudor, mas isso é algo que lhe é inerente. A pancada inicial, essa, fica para sempre, bem como o entalhe resultante na história. Reconhecer o seu contributo actual é algo da mais elementar justiça. O resto é inveja.


Nirvana - Smells Like Teen Spirit

sábado, 24 de setembro de 2011

O jardineiro das anonas

Isto sem bombas incendiárias não é a mesma coisa. Onde é que já se viu um clássico sem uma declaração da guerra tribal que lhe está associada. Maldita gente, que pensa que isto é só um jogo de futebol. Deve haver aqui mão da Administração Interna, que o antigo ministro deixava-se fotografar por entre os croquetes das festas da Luz, distribuindo incompetência. Desta feita, nem uma subida de tom, nem uma bolinha de golfe, e com o antigo ministro relegado a mero opinador do Correio da Manhã.
Devo esclarecer que este tipo de postura favorece a equipa que é naturalmente mais sofisticada, apesar da sua componente popular, uma vez que os tripeiros medram no ódio e na confusão que estes próprios geram.
Cada golo de empate foi como se fosse uma facada na alegria portista, e assim é que deve ser. Na guerra não existem empates, apenas vitórias tácticas.

“Ontem eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando para o pasto que começava a ficar verdejante”, perorava Aníbal Cavaco Silva, continuando a abusar dos sufixos superlativos absolutos, e indicando que, de facto, os bovinos não se poderiam encontrar mais satisfeitos do que aquilo que já estavam. Desconhece-se se estava a referir-se aos adeptos do Sporting.
O afamado político teceu ainda algumas considerações sobre a poda das anonas, um fruto neotropical, tal como os jogadores sul-americanos, em amena conversa que manteve com um experimentado agricultor de anonas e abacates da ilha Graciosa. A explicação deste último acerca do facto da poda não ser essencial neste tipo de planta, convenceu o chefe de Estado a não fazer a poda em algumas das anonas das quais é feliz proprietário.

Nota: O chá de anonas é bom para a hipertensão, irritações cutâneas, nevralgias, complicações nervosas, palpitações, insónias, indigestão, disenteria, diarreia, febre, náuseas, espasmos musculares e restantes maleitas que possam atacar o Jorge Fucile.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Lírios de fim de Verão

Liliana Santos

Liliana significa "lírio" e designa uma flor que é o símbolo da inocência, pureza e beleza, representada na heráldica da fleur-de-lis, símbolo dinástico europeu que se encontrava particularmente associado à monarquia francesa.
A etimologia da palavra "lírio" provém de lilium, um nome latino derivado do grego λείριον/leírion, originário do copta hreri (Egipto, cerca de 200 d.C.) derivando este, por sua vez, do demótico hrry (Egipto, cerca de 600 a.C.) através de hrṛt, a palavra egípcia para "flor". No Japão, o lírio designa-se por yuri (百合) e esta palavra, para além de ser um nome feminino bastante comum, serve também para designar o amor e a atracção entre mulheres.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ajuste de contas

Neste blogue não se escreveu sobre Jardim, por não querer ser um trend follower. Os media têm a sua própria agenda, e ninguém me paga para me tornar numa prostituta.
Para concretizar algo sobre este assunto teria de entrar no horizonte de eventos da difamação. Teria de falar dos offshores, e de como é consensual que estes servem para especular com dinheiro que não existe, para fazer alavancagens financeiras e para lavar o dinheiro oriundo de actividades ilícitas (como por exemplo, o narcotráfico) transformando-o depois em dinheiro legítimo.
Poderia depois comparar isto com a arrogância de Jardim, com o facto dele falar grosso, da chantagem sucessiva sobre todos os governos nacionais, da linguagem e posturas impróprias de um conselheiro de Estado, do tom jocoso, e da unanimidade e bonomia com que sempre foi aplaudido pela generalidade da comunicação social e restante classe política - "Oh he's so lively, so refreshing!" - e do pacto que todos nós fizemos para que ele continuasse no poder.
O PSD Madeira é igual ao Governo Regional é igual à sociedade madeirense. Alguém que esteja excluído deste círculo tem direito a uma existência miserável. As obras que servem para encher o olho na sua permanente campanha eleitoral, têm retribuição zero. Destinam-se a encher os bolsos de construtores civis e de empresas de projecto, depois destas, claro está, se filiarem no PSD Madeira.

Existe a argumentação de que a delapidação dos recursos do país tem sido culpa dos sucessivos governos, mas essa é uma ideia errada. Os sucessivos governos sempre fizeram aquilo que lhes dissessem para ser feito. Não são os governos que mandam; quem manda são os oligarcas, e para essas pessoas, o governo é apenas um instrumento da sua acção. A mesma meia dúzia que sempre mandou em Portugal, que não é eleita, que está acima das regras e convenções, leis e destinos a que estão sujeitas as restantes pessoas. São os Mellos e os Vasconcellos; seres iluminados, a quem se deve vassalagem e que fazem sentir a sua presença no sector bancário e empresarial, para melhor manietarem o país aos seus interesses.
A argumentação que poderia ser feita é a de que nunca houve nenhum governo que tivesse os testículos com a dimensão suficiente para alterar esse estado de coisas.
Esse hipotético governo cairia no momento em que manifestasse essa intenção, através de uma campanha mediática feita pelas empresas de comunicação social, que pertencem a esses oligarcas, e a uma conjugação dos restantes poderes para repor as coisas na ordem previamente estabelecida.
Existe da parte do cidadão comum uma sensação de impotência para alterar tudo isto. Porque parece maior do que ele; porque parece mais vicioso, mais maléfico e mais corrupto do que aquilo que ele consegue entender.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Power-up evolutivo

Mandy Musgrave

As fêmeas humanas ficam mais receptivas à presença masculina durante o período fértil, na altura em que estão a ovular. Isto deve-se à necessidade inconsciente de terem o seu óvulo fertilizado pelo sémen do melhor parceiro possível. São elas que escolhem as características associadas a um bom macho reprodutor, como o tamanho e a forma das suas mãos, ou o facto destes tocarem um instrumento musical.
As mãos são uma característica humana. Estas podem agarrar de forma violenta ou gentil. São um sintoma de masculinidade e presença de testosterona. São um reflexo do domínio masculino e submissão feminina. São as mãos que tocam, e que se insinuam sem piedade nas partes mais íntimas e húmidas de uma mulher. São as mãos que manuseiam o punho de uma espada. São as mãos que tocam numa viola-baixo, cuja frequência grave e percutida é o trovão dos deuses, visceral e primitivo; a dança da dançarina de raqs sharqi, o martelo de Thor, a chuva, que é o sangue de Quetzalcoatl fecundando a terra; as ancas masculinas a baterem nos quadris femininos no momento da cópula; o bater do coração e a pulsação tribal do sangue do membro, deslizando por essa escala de tons que é o corpo da mulher. O baixista é uma serpente que ondula ao som do balanço que este próprio cria, e que a mulher sente; um som assustador, mas que a fascina ao mesmo tempo.

domingo, 18 de setembro de 2011

Todas as cores menos o preto

A mente masculina é analítica e baseia-se em relações de causa-efeito. A mente feminina tem nuances, como se fosse uma tela onde o pintor; ou neste caso a pintora, escurece uma área do quadro, ou clareia outra, segundo o desígnio da sua obra prima de carácter único. No lugar onde a mente feminina vê tons mais ou menos coloridos, a mente masculina vê um padrão matricial de tripletos hexadecimais.
A mente masculina faz contas. Tal é inevitável. Sabemos que a dívida da Madeira representa 0,3% do PIB português; sabemos que a raiz quadrada de 437 é cerca de 20,904 (temos calculadora) e sabemos que a medida do peito da Mónica Bellucci é de 85 cm (não sabíamos, mas ficámos a saber) exactamente a mesma da Bulma Briefs; sabemos que 117 é um número fictício, tal como a quantificação das expectativas de crescimento para o próximo ano; sabemos que o Bankai da espada espiritual Shinsō, chamada de Kamishini no Yari, consegue atingir o comprimento máximo de 13 km, em menos de 0,08 segundos, deslocando-se a 500 vezes a velocidade do som; sabemos que a resposta para a Derradeira Questão da Vida do Universo e de Tudo é 42, que o Sentido da Vida tem 112 minutos (já com a Crimson Permanent Assurance incluída) e que a distância entre Lisboa e Londres é de cerca 2h30, o que é mais tempo do que o Sentido da Vida.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Guerreiro espiritual

Andy Whitfield (1974 - 2011)

Esta é uma notícia triste. Andy Whitfield ficará para sempre conhecido pelo papel de Spartacus, na primeira temporada da recente série televisiva do mesmo nome. O seu desempenho de um herói que conseguia inspirar os outros, para que estes concretizassem o impossível, era um dos pontos mais fortes do épico. Agradecimentos pela arte e pela inspiração de coragem face à adversidade, tanto na ficção, como na realidade.
Descanse em Paz.

domingo, 11 de setembro de 2011

Década do demónio

"Pay close attention, I'll take your brain to another dimension."
Kool Keith, Ultramagnetic MCs, "Critical Beatdown".

Uma década de manipulação, embora este ano não houvesse paciência da minha parte para a doutrinação anti-terrorista. Torna-se confrangedor ver a banalidade e a superficialidade das análises e dos comentários televisivos. "Onde é que você estava nesse dia?". Foda-se, estava em casa, a almoçar. Havia exame de Ecologia, mas eu tinha dispensado devido à minha superior capacidade intelectual. Mesmo assim, fui à faculdade confraternizar com as pessoas da minha colectividade. Estávamos no tempo das vacas gordas, do crédito fácil e do pleno emprego a recibos verdes, antes da fuga do Guterres. Passados dez anos, já não trabalho num regime de dez horas por dia porque o mercado está completamente estagnado depois do 11 de Setembro financeiro que foi a crise dos derivativos e do sub-prime. Ainda faltam o 11 de Setembro informático e o 11 de Setembro religioso, mas vamos ter esperança que o Obama e quem o manipula não deixem os seus créditos por mãos alheias.

Após uma década, quem teoriza sobre este acontecimento pertence a um de dois grupos: os que acreditam piamente que todos os terroristas são islâmicos e que aqueles que se desviam da verdade oficial são "maluquinhos" das teorias da conspiração, enquanto que outros conseguem entender coisas simples, como uma estratégia top-bottom, o facto do FBI e da CIA serem duas mãos ligadas ao mesmo corpo, em que cada mão ignora o que a outra faz, que o Departamento de Justiça utiliza o Witness Protection Program para criar identidades de pessoas inexistentes, ou no facto pouco divulgado do exército dos Estados Unidos e a Al-Qaeda estarem a combater no mesmo lado da barricada contra o inimigo xiita comum do Houthis, apoiado pelo Irão e pelo Hezbollah, no Norte do Iémen. Claro que este último facto não é divulgado pela generalidade da comunicação social, pois estraga a história de embalar de que a Al-Qaeda é um inimigo. Acordem, pá!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Cor-de-rosa

Alecia Beth Moore

Tripleto hexadecimal: #FFC0CB
RGB Padrão: (255, 192, 203)
Conselho: Um belo dia para se tomar
Fluoxetine juntamente com Martini Rosato, enquanto se ouve Edith Piaf.

Da maneira como as coisas estão, e com o aumento do IVA de 6 para 23% na electricidade e no gás, por mais anti-depressivos que o bom povo tome, não haverá maneira de escapar a sentir a dor desta sangria. Esta medida do memorando de entendimento foi escondida durante a campanha eleitoral e só deveria ser aplicada em 2012, mas o senhor que tem a faca não se preocupa com a carne que corta, que existe sempre a desculpa do desvio, aquele, o "colossal", que as televisões repetem até à exaustão: "colossal, colossal, colossal..."

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ai de vocês!

Ai de vocês, que acham piadinha às redes sociais. A realidade é bem diferente. A realidade são os ossos frios dos dois operários antifascistas mortos a tiro pela Polícia de Choque, no Porto, na véspera do 1.º de Maio de 1982. Mortos pela mão do então ministro da Administração Interna e mentor de Pedro Passos Coelho, o cínico e inefável Ângelo Correia. A realidade é que o ministro Miguel Macedo não terá nenhum pejo em brutalizar a população desobediente. A realidade é a fraude financeira do BPN, o aumento dos impostos, o aumento do preço dos transportes, do preço dos combustíveis, do corte dos salários e do corte das pessoas.

Vocês, que acham piadinha às redes sociais, fiquem muito quietinhos nas casas que ainda estão a dever ao banco, a consumirem a propaganda televisiva que vos acalma e vos lava o cérebro, e não reclamem. Se vocês, os escravos, pensarem sequer em se revoltar, terão a morte como recompensa. Essa é que é a realidade.
Nós já demos o mote: Não nos provoquem ou nós encontraremos a solução para o vosso problema. Porque a culpa é vossa. Vós, que andaste a viver acima das vossas possibilidades. Vós, que quisestes duas migalhas, quando só tinham direito a uma. Vós, que sois nada.

"Pode haver quem se entusiasme muito com as redes sociais, e com aquilo que vêem lá fora, esperando trazer o tumulto para as ruas de Portugal. Que fique claro: em Portugal há direito de manifestação; há direito à greve. Nós não confundiremos o exercício dessas liberdades, com aqueles que pensam que podem incendiar as ruas e ajudar a queimar Portugal."

domingo, 4 de setembro de 2011

Avante, qual Avante?

A Festa do jornal Avante! está descaracterizada. Pronto, é isso. Costumava ser uma festa familiar, apesar de partidária. Era uma manifestação cultural transversal com propaganda q.b. em que se participava com alegria, espírito de confraternização e paz de espírito. Ainda existem algumas ilhas onde se podem encontrar estes valores, mas o que se nota progressivamente é um oceano de massificação impessoal a cada ano que passa, transformando a Festa num festival semelhante a qualquer outro.
A cerveja, cobrada a mais de um euro o copo, juntamente com as doses semíticas a preços exorbitantes e as filas intermináveis, devido à manifesta incapacidade de acomodar tanta gente, são o resultado de uma avareza que não é exclusiva das agências de rating.
A inflação generalizada não pode ser explicada com as condições económicas, e o Partido Comunista em vez de criticar os outros, era bom que olhasse para a sua própria casa. Pelo menos, tudo indica que o camarada Jerónimo se encontra familiarizado com as condições artesanais dos diferentes stands, devido à atoarda na ASAE - essa fascista perseguidora de pobres - durante o discurso de abertura.
Claro que não estava à espera das trombetas dos sovietes, mas o sol já não parece que irá brilhar para todos nós, e já nem a Carvalhesa soa da mesma forma. Ao menos, ainda me chamaram de "camarada"; mas foi só no primeiro dia, graças a Deus.

Os ícones proletários ainda lá estão, como a LISNAVE, ultrapassada mediaticamente pelos estaleiros de Viana. No fundo, são isso mesmo: ícones, pedaços de fetiche ideológico que adquiriram uma conotação religiosa, tal como o slogan "trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!", representado na área do socialismo internacional. Já não temos as FARC, mas temos os terrorists-in-training do partido marxista da Colômbia. Temos o stand de Cuba que, segundo fonte altamente fidedigna, servia uns mojitos martelados. Não consegui encontrar o stand neo-liberal do MPLA; deviam estar ocupados a reprimir os manifestantes deste fim de semana em Angola; mas o stand dos irmãos moçambicanos da FRELIMO foi uma agradável surpresa, nem que seja por serem os únicos internacionais a venderem cerveja.
Por outro lado, temos os nacionais a provocarem o pânico e a insegurança num parque de campismo com preços de "valor simbólico" similares a uma estadia nas Caraíbas. Mas já se sabe que tudo isto é um reflexo da sociedade que corrompe o homem؟ "A Festa, mesmo decadente, é para todos".
Ainda tentei montar a tenda no referido parque, antes de constatar que a mesma, que já não usava há cerca de dez anos, estava em adiantado estado de decomposição: mais podre e com mais buracos do que a bandeira americana, o que motivou a que tivesse de adoptar um plano B, de bebedeira. No fundo, um retrato do Avante actual.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Festa da Chuva

Não percebo porque é que ninguém gosta da chuva quando não está frio. Ao mês de Setembro assenta que nem a uma luva o regresso ao corrupio. Depois de uma introspecção mais aprofundada deverei dizer que são dias de festa. Só espero que o cheiro a seres humanos não me embote a eficácia.