quinta-feira, 12 de julho de 2012

O memorando é um "programa"


Ao contrário da propaganda nazi ou soviética, a propaganda do mundo ocidental é feita de forma mais esotérica, com várias programações, para que o programado não perceba que está a ser manipulado e para lhe dar a ilusão de liberdade.
Para fazer isso é necessário que o programado sinta que tem algum peso na sociedade e de artistas que o distraiam, como as vedetas televisivas de entretenimento. Nunca deve faltar financiamento para a propaganda.
Você até pode pensar que é imune à manipulação que a televisão lhe tenta fazer, mas não é. Por muita convicção que você tenha em determinado assunto, os manipuladores sabem que os clicks que lhe devem fazer no cérebro, para que você se oriente de uma determinada maneira, são os mesmos que para qualquer outra pessoa. O ser humano é baseado em emoções e essas são facilmente controladas pelos manipuladores, de forma mais básica ou mais ou menos sofisticada.

A ilusão do hipnotismo dos media baseia-se no facto do indivíduo se encontrar alheio à sua própria manipulação, e mesmo que tenha consciência dela, nada poder fazer para a evitar. Aqui não vale a pena pensar que existe um botão de desligar, por exemplo a televisão, porque a manipulação está por todo o lado e essa ilusão do controlo através do botão faz parte da manipulação em primeiro lugar.

terça-feira, 10 de julho de 2012

O canudo do Relvas visto lá de fora


Os amigos angolanos e brasileiros de Miguel Relvas acharam estranho que um tipo assim tão esperto ainda não tivesse comprado um canudo. O querer ser interpelado por "doutor" não é bem uma questão de provincianismo, mas mais uma questão de se sentir integrado com o resto do gang. Não quer isto dizer que Miguel Relvas seja assim por influência estrangeira. Relvas é um cretino por natureza, um bandido por formação e um pulha por filosofia. O facto de tal personagem ter amigos angolanos e brasileiros, foi devido ao próprio se ter procurado associar a essas pessoas no seu caminho de trafulhice, em países onde o saque fosse porventura mais fácil e sem estar aqui a fazer um concurso sobre o país onde existem mais corruptos. Para isso, ia ao índice da Transparência Internacional, onde Angola aparece no 168º lugar, o Brasil em 73º e Portugal em 32º atrás do Botsuana.

O moralismo da Direita na meça de contas à Universidade e ao Estado português no Caso Relvas só é comparável à falsa ignorância da mesma sobre quem realmente domina o Estado. Nós vivemos numa oligarquia, não vivemos numa democracia, logo não existe algo como uma accountability por parte dos cidadãos. As entidades reguladoras são uma anedota, que servem para lançar poeira na opinião pública, e a autoridade, que é o poder investido pelo Estado, só existe para criar iniquidade social.
A Direita fica indignada quando se sabe que, tal como os seus amigos angolanos e brasileiros, também Miguel Relvas corrompe, paga luvas e troca favores e influências. Isto é factual e eles nem sequer se dão ao trabalho de o esconder, porque, lá está, fazem todos parte da mesma oligarquia. Não estando com isto a querer desculpar os pulhas portugueses que não sejam tão famosos como Miguel Relvas.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O Destino das Espécies


Ele poderia escrever sobre a vida no governo, sobre o lobby do sector livreiro, sobre as trocas de favores, ou até mesmo sobre o verdadeiro grau de eficácia da propaganda que foi fazendo no seu próprio blogue na tarefa de eleger o governo ao qual pertence.
Poderia escrever ainda sobre a sensação de se mascarar de independente no meio de um bando de apparatchiks fortemente partidários. Seriam tudo leituras que a malta seguiria com interesse.