sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Triunfo dos Especuladores


Especulativo será dizer que o Alex Soares dos Santos, o merceeiro-político, que fez campanha contra o anterior governo e que alavancou a eleição de Passos Coelho, o fez para beneficiar da alteração à legislação deste governo que lhe permite ter as mais valias na Holanda.

Especulativo, mas provavelmente não menos verdadeiro, seria dizer que o único objectivo deste tipo de campanhas é o de mais facilmente manter as massas em sentido do que lhes mandando porrada. Controlar o cérebro das pessoas é bem mais eficaz do que lhes controlar o corpo, como bem sabe o ministro Relvas.

Especulativo seria dizer que existe uma relação entre o Pedro Soares dos Santos e Pedro Passos Coelho. Afinal, eles pertencem à mesma geração, têm os mesmos objectivos de domínio selvagem do capital. São especulativos, um através da acções da SGPS, e outro como testa de ferro dos banqueiros, e para ambos "a concorrência é um pecado" como dizia o Rockefeller. Aqui está a verdadeira "política comum."

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O pulha


Os blogues políticos são o local onde se pode encontrar a fina flor da clubite partidária. As jotas são outro. Essa gente não se move por coerência ética ou ideológica. Limita-se a urrar e a brandir o cachecol do partido como se estivessem num estádio. É uma abordagem política que se baseia nas emoções, expectativas e desejos de quem a apoia, uma vez que funciona de uma forma demagógica. Por alguma razão se chama propaganda. Sendo esses blogues, e quem os escreve, demagógicos e populistas, não se pode querer que estes tenham um abordagem racional. O que vale é que quem frequenta a blogosfera os conhece. A estratégia destas pessoas passa por causar medo na opinião pública, demonizar o adversário e, de um modo geral, apelar à emoção. O governo/partido/clube/bando dá o mote e os assessores/envenenadores executam.

Serve isto para explicar como aparece uma personagem como Relvas, parte de um governo que espia os próprios cidadãos, principalmente aqueles que lhe possam causar mais problemas. Um governo que usa os aspectos sórdidos das pessoas espiadas como chantagem e coacção para que estas façam aquilo que esse mesmo governo deseja. Falta saber aquilo que era para ser publicado no jornal Público, que motivou a chantagem do governo. Para lá das considerações éticas, a chantagem é um trunfo que só deve ser utilizado em último recurso e, como tal, aquilo que motivou a chantagem deve ser revelado, para que nós possamos perceber se o ministro da Propaganda tinha razão em utilizar esse recurso. Considerando que é sempre possível argumentar que a chantagem é um método racional se estivermos a falar de bandidos.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O contexto americano


Mas qual contexto americano? Todos os presidentes americanos trabalham para o mesmo fim, que é o de enganar as massas. O que me faz confusão é saber que os autores do Arrastão ainda acreditam no embuste que é o Obama. Se o exército americano já não está no Iraque é porque já lá estão os contratados da Blackwater Security, que é um exército privado e que devem rondar os 7000 efectivos, e que asseguram "green zones" para que os homens de negócios possam continuar a explorar aquele país. Mas a esses é mais fácil fechar os olhos. Se o exército americano já não está no Iraque é porque ele é necessário no Afeganistão, no Norte do Paquistão e nas Filipinas. Fora as guerras por proxy no Chad e no Mali, no Sudão, na Somália, no Iémen e os conselheiros militares que ainda devem estar na Líbia.

Já se devem ter esquecido de que a Administração Obama é constituída por oligarcas de Wall Street, que continuam a especular sobre o Euro, e que o discurso eloquente do presidente americano é o de um ilusionista manipulador de multidões, sustentado por um fantástico marketing mediático. Não vou aqui entrar na discussão sobre qual o melhor: se o Bush ou o Obama (a cada um, o seu). Agora, não me atirem é poeira para os olhos!