Isto sem bombas incendiárias não é a mesma coisa. Onde é que já se viu um clássico sem uma declaração da guerra tribal que lhe está associada. Maldita gente, que pensa que isto é só um jogo de futebol. Deve haver aqui mão da Administração Interna, que o antigo ministro deixava-se fotografar por entre os croquetes das festas da Luz, distribuindo incompetência. Desta feita, nem uma subida de tom, nem uma bolinha de golfe, e com o antigo ministro relegado a mero opinador do Correio da Manhã.
Devo esclarecer que este tipo de postura favorece a equipa que é naturalmente mais sofisticada, apesar da sua componente popular, uma vez que os tripeiros medram no ódio e na confusão que estes próprios geram.
Cada golo de empate foi como se fosse uma facada na alegria portista, e assim é que deve ser. Na guerra não existem empates, apenas vitórias tácticas.
“Ontem eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando para o pasto que começava a ficar verdejante”, perorava Aníbal Cavaco Silva, continuando a abusar dos sufixos superlativos absolutos, e indicando que, de facto, os bovinos não se poderiam encontrar mais satisfeitos do que aquilo que já estavam. Desconhece-se se estava a referir-se aos adeptos do Sporting.
O afamado político teceu ainda algumas considerações sobre a poda das anonas, um fruto neotropical, tal como os jogadores sul-americanos, em amena conversa que manteve com um experimentado agricultor de anonas e abacates da ilha Graciosa. A explicação deste último acerca do facto da poda não ser essencial neste tipo de planta, convenceu o chefe de Estado a não fazer a poda em algumas das anonas das quais é feliz proprietário.
Nota: O chá de anonas é bom para a hipertensão, irritações cutâneas, nevralgias, complicações nervosas, palpitações, insónias, indigestão, disenteria, diarreia, febre, náuseas, espasmos musculares e restantes maleitas que possam atacar o Jorge Fucile.
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