domingo, 11 de setembro de 2011

Década do demónio

"Pay close attention, I'll take your brain to another dimension."
Kool Keith, Ultramagnetic MCs, "Critical Beatdown".

Uma década de manipulação, embora este ano não houvesse paciência da minha parte para a doutrinação anti-terrorista. Torna-se confrangedor ver a banalidade e a superficialidade das análises e dos comentários televisivos. "Onde é que você estava nesse dia?". Foda-se, estava em casa, a almoçar. Havia exame de Ecologia, mas eu tinha dispensado devido à minha superior capacidade intelectual. Mesmo assim, fui à faculdade confraternizar com as pessoas da minha colectividade. Estávamos no tempo das vacas gordas, do crédito fácil e do pleno emprego a recibos verdes, antes da fuga do Guterres. Passados dez anos, já não trabalho num regime de dez horas por dia porque o mercado está completamente estagnado depois do 11 de Setembro financeiro que foi a crise dos derivativos e do sub-prime. Ainda faltam o 11 de Setembro informático e o 11 de Setembro religioso, mas vamos ter esperança que o Obama e quem o manipula não deixem os seus créditos por mãos alheias.

Após uma década, quem teoriza sobre este acontecimento pertence a um de dois grupos: os que acreditam piamente que todos os terroristas são islâmicos e que aqueles que se desviam da verdade oficial são "maluquinhos" das teorias da conspiração, enquanto que outros conseguem entender coisas simples, como uma estratégia top-bottom, o facto do FBI e da CIA serem duas mãos ligadas ao mesmo corpo, em que cada mão ignora o que a outra faz, que o Departamento de Justiça utiliza o Witness Protection Program para criar identidades de pessoas inexistentes, ou no facto pouco divulgado do exército dos Estados Unidos e a Al-Qaeda estarem a combater no mesmo lado da barricada contra o inimigo xiita comum do Houthis, apoiado pelo Irão e pelo Hezbollah, no Norte do Iémen. Claro que este último facto não é divulgado pela generalidade da comunicação social, pois estraga a história de embalar de que a Al-Qaeda é um inimigo. Acordem, pá!

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