Tony Blair, por Peter Kennard
(imagem solenemente apreciada aqui)
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“If you think that bankers are the same as you, you're wrong! F. Scott Fitzgerald once told Hemingway: "You know, the rich are different from us!" and Hemingway said: "Yeah! They have more money!" and F. Scott Fitzgerald replied: "No. It's something much deeper. It's a whole different world. To be an oligarch, to be a "Rockefeller" or something of this sort, means that you're in a completely different world, with values which are the reverse of human values."
Now, if you allow the oligarchs to continue to dominate, the destruction of world civilization is a matter of a few decades, at the very, very most. So, choose!”
Webster Tarpley, in "Fall of the Republic", 2009.
Antes de mais, devo referir que os banqueiros, agências de notação e afins devem ser louvados. Qualquer indivíduo ou organização que extermine humanos tem o meu aval; uma vez que eu, apesar do meu orgulho élfico, não os consigo matar a todos.
Deste modo, o que mais me fascina nesta guerra é a capacidade das classes jornalística e política em omitirem a verdade aos cidadãos. De embarcarem neste mito, que perpetua a ignorância, de que as agências de notação são incompetentes e de que o problema é a falta de solidariedade da política europeia.
Apesar de ser certo que não existe união política na Europa, e de que a defesa do estado europeu está pelas ruas da amargura, os cidadãos que vão ser vítimas nesta guerra têm o direito a saber porque vão morrer e quem os vai matar. Chamem-me antiquado, mas eu ainda sou do tempo em que o vilão tinha um certo brio em explicar o seu plano maquiavélico e em retirar toda a esperança à vítima.
O lucro é mais importante do que a vida humana: este é o credo das empresas de mercenários que operam nos teatros de guerra americanos. Mais de 40.000 mortos desde 2010. Embora para ser justo, talvez devesse apresentar uma contabilidade trimestral, uma vez que se trata de uma economia capitalista.
O lucro é mais importante do que a vida humana: este é o credo das empresas de finança corporativa, vulgo agências de notação. O senso comum avisa que para se defender algo, se deve ter um exército. Os Estados Unidos têm as três grandes (embora a Fitch também esteja baseada no Reino Unido) a China tem a Dàgōng, a Rússia tem a Muros, o Japão tem a JCRA, e os súbditos britânicos do Canadá e da Austrália têm a DBRS e a Veda, respectivamente. A Europa tinha qualquer coisa que foi destruída pelo George Soros, que é assim algo como um exército de um só homem, pessoa a quem elogio só para não me chamarem de anti-semita.
O nosso premiê apresentou um esgar nervoso de riso com o "murro no estômago". Estaria mais dentro do personagem se compusesse um ar grave e sério. Já sabíamos que o senhor cantava, mas deveria ter tido umas aulas de representação.
No fundo, as dores de estômago devem-se a não se ter banqueteado ainda com as Águas de Portugal ou com a Rede Eléctrica Nacional. Depois de partilhar esse repasto com as corporações estrangeiras, já se irá sentir melhor da barriga.
A insistência em determinadas teorias por parte da comunicação social sempre fez parte da estratégia para distrair os cidadãos-consumidores-de-televisão, facilmente manipulados a acreditarem no que quer que se lhes conte.
O que chateou os cretinos do governo e dos media foi o timing da acção das agências. Agora não existe Sócrates para servir de bode expiatório e torna-se cada vez mais difícil encontrar boas desculpas para iludir o cidadão. Se ao menos já houvesse bola...
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