
Já aqui tinha escrito, a propósito da Inês de Medeiros, que tolero melhor a arrogância num político do que a mentira ou a manipulação. A manipulação da vitimização. Coitado do pobre de espírito do senhor Miguel Macedo. Comparando com o que ganham, por exemplo, as crianças operárias filipinas que fabricam os bens que nós usamos, que ganham um punhado de tostões, literalmente cêntimos de euro, ninguém consegue reconhecer a elevação do senhor, ao se ter desprendido de tão fabulosa maquia.
Mas as comparações com os países em vias de desenvolvimento empalidecem com as comparações com os países desenvolvidos, aqueles países onde os ministros que são apanhados têm o imperativo moral de se demitirem. Portugal tolera bem os seus sem-vergonha. O ministro, mesmo sendo apanhado, poderia continuar a usufruir da sua pequena subvenção, que não iria ser isso que o iria desgastar. Será que os cidadãos contribuintes ainda não compreenderam que o dono do MAI pode fazer o que quiser? Será que o BPN já não mostrou ao cidadãos contribuintes que o dono do MAI pode fazer o que quiser? Tanta indignação para quê?
A espuma ao canto da boca do senhor Miguel Macedo, dono do MAI, com as suas tropas de choque em prontidão para aviarem no cidadão contribuinte, e depois este último indigna-se desta forma. Que injustiça!
Sem comentários:
Enviar um comentário