quarta-feira, 25 de abril de 2012

O Totta-Açores paga bem

José Afonso - "Foi na cidade do Sado"

Apesar do sol se encontrar encoberto por nuvens, aqui fica este vídeo apropriado à data, uma vez que vivemos numa bronca armada pelas bestas do capital e somos geridos por um bando de jotas laranjinhas com o objectivo de acertarem contas com o 25 de Abril, e cujo lema maior é a doutrina de Milton Friedman segundo a qual "o lucro é mais importante do que a vida humana" e que confortavelmente todos os dias prepara um ensopado de borrego com a carne tenra de ovelha dos portugueses. Obrigado por estes 38 anos.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Não é erro, é propaganda...


"Quero dizer-lhes que Portugal tem futuro e que há esperança, que emigrem quando tiverem de emigrar. Nós não temos de ter preconceitos, a minha filha dentro de seis meses vai fazer Erasmus para França."
Miguel Relvas, no programa 5 para a Meia-Noite da RTP1.


Esta frase do Miguel Relvas está errada a tantos níveis que eu até vou dividir por pontos:
Ponto 1: Existe uma diferença entre passar férias no estrangeiro e emigrar. Não vou criticar os estudantes de Erasmus, mas quem o fez sabe que a dificuldade daquilo é pouca ou nenhuma.
Ponto 2: O emigrante português é, por exemplo, um sem-abrigo em Londres que recusou uma sandes em troca de aparecer na televisão, para manter a pouca dignidade que ainda lhe restava. A filha do Relvas nunca esteve nem nunca estará nessa situação.
Ponto 3: Acho vergonhoso utilizar-se a própria família para fazer propaganda. Mas desde que vi o actual ministro da Economia na televisão com uma criança de colo, assistindo a uma manifestação contra as suas políticas, que já nada me surpreende.

sábado, 7 de abril de 2012

A tristeza do FMI


«Η κατοχική κυβέρνηση Τσολάκογλου εκμηδένισε κυριολεκτικά τη δυνατότητα επιβίωσής μου που στηριζόταν σε μια αξιοπρεπή σύνταξη που επί 35 χρόνια εγώ μόνον (χωρίς ενίσχυση κράτους) πλήρωνα γι΄αυτήν.
Επειδή έχω μια ηλικία που δεν μου δίνει την ατομική δυνατότητα δυναμικής αντίδρασης (χωρίς βέβαια να αποκλείω αν ένας Έλληνας έπαιρνε το καλάσνικωφ ο δεύτερος θα ήμουν εγώ) δεν βρίσκω άλλη λύση από ένα αξιοπρεπές τέλος πριν αρχίσω να ψάχνω τα σκουπίδια για την διατροφή μου.
Πιστεύω πως οι νέοι χωρίς μέλλον, κάποια μέρα θα πάρουν τα όπλα και στην πλατεία Συντάγματος θα κρεμάσουν ανάποδα τους εθνικούς προδότες, όπως έκαναν το 1945 οι Ιταλοί στον Μουσολίνι (Πιάτσα Πορέτο του Μιλάνου).»


«O governo de ocupação de Tsolakoglou aniquilou, literalmente, a minha capacidade de sobrevivência que dependia de uma respeitável pensão que, durante mais de 35 anos (sem nenhuma ajuda do Estado) paguei sozinho.
Dado que a minha idade avançada não me permite reagir de outro modo (apesar de que, se um compatriota grego pegasse numa Kalashnikov, eu o apoiaria) não vejo outra solução que não seja pôr um fim à vida de forma digna para não ter de acabar a procurar nos contentores do lixo para conseguir sobreviver.
Acredito que os jovens sem futuro pegarão em armas, e enforcarão de cabeça para baixo os traidores deste país na Praça Sintagma, como os italianos fizeram com Mussolini em 1945 (Piazzale Loreto em Milão).»
Dimitris Christoulas, 4 de Abril de 2012.



Da tristeza do FMI:
O FMI é uma instituição e as instituições não têm emoções, logo o FMI nunca poderá ficar triste, porque a tristeza é uma emoção.
Os especuladores financeiros que lá trabalham também não podem sentir-se tristes porque qualquer especulador financeiro é por inerência um psicopata, categoria de pessoas que não tem empatia pelo sofrimento alheio.
Hoje faz um ano que o FMI não aterrou na Portela, embora o pico de mortalidade em Portugal tenha sido em Fevereiro. Mas Abril é um mês de mudança. De mudança de governo. Por isso três palavras:

The Prodigy - Invaders Must Die

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Questões verdadeiramente pertinentes

Galhofa na SIC Notícias. Mário Crespo, Vicente Jorge Silva e Zé Luís Arnaut a discutirem os estatutos do PS ao pormenor, com o artigo cento e tal a ser esmiuçado, para explicar porque é que o Seguro é um golpista, para no final não haver um segundo que fosse para falar dos 15% de desemprego. Diz o inefável Crespo: "Os 15% de desemprego seria um assunto interessante, mas já não temos tempo."
"De seguida, rigorosamente a não perder, Paulo Garcia no Dia Seguinte" porque é preciso continuar a hipnotizar as pessoas.
Mas porque razão é que eu continuo a ver aquela merda?