Como se pode apreciar aqui, parece que os assobios sempre conseguem provocar alguma reacção nas pessoas. Hilariante é a suposta indignação dos responsáveis ao comportamento do público. Claro que este tipo de jogos não contam para nada e servem para fazer experiências, mas a impaciência do público em relação a esta anedota de equipa não começou ontem. A destruição sistemática do apoio do público português e o seu divórcio em relação à selecção nacional não começou ontem.
Já aqui professei a minha fé em relação ao que a selecção vai fazer na África do Sul, por isso este texto não vai deferir muito do que escrevo. Vou referir alguns exemplos. Quando a selecção foi jogar a Malta para a qualificação, os poucos emigrantes portugueses que lá trabalham, tentaram dar as boas vindas à equipa (uma embaixadora de Portugal) e simplesmente foram desprezados pelos responsáveis. Claro que na altura, a equipa técnica vivia um estado de graça, e este tipo de atitude só pesaria no caso das coisas correrem mal.
Posteriormente, o empate com a Albânia em Braga, que representa talvez, o ponto mais baixo da equipa nacional. Que pena não ter estado no estádio, só para mandar o maior monte de esterco do mundo para o lugar de onde ele nunca devia ter saído.
A juntar a isto, a humilhação do jogo de férias no Brasil, uma equipa cada vez mais luso-brasileira e a incerteza da qualificação até à última, por manifesta incompetência dos responsáveis, é algo que arrasa com a paciência de qualquer um.
O apoio à equipa da China (que em todo o caso pratica um futebol muito pobre) advém dessa situação. Talvez seja melhor o nosso técnico pensar em treinar uma equipa de lá, já que pensa que seria melhor jogar na China.
Apesar disso, quando chegar a altura, devo instintivamente torcer por Portugal. Nem que seja por intimamente saber que, todo o esterco que compõe a equipa nacional, desde o seu presidente aos apanha-bolas, é apenas transitório e nada que uma boa descarga autoclísmica não resolva.
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