Meia dúzia. Eles são só meia dúzia. Meia dúzia de indivíduos instalados no topo da sociedade, que desviam os recursos do país através de acordos entre eles. Uma nação delapidada como se de uma coutada privada se tratasse. As mesmas pessoas desde há trinta anos. Já ninguém se lembra dos dois operários assassinados pela Administração Interna, no Porto, em mil novecentos e oitenta e dois. Os assassinos ainda mandam no resto dos portugueses e os actuais líderes partidários são meros títeres dessa gente.
Sangram-se os portugueses como gado. Não interessa a justiça social, o serviço público ou o bem-estar dos cidadãos. Os media acalmam as pessoas, para que estas não se revoltem. Para que não causem uma rebelião. Porque os blindados que elas pagaram já cá estão... e prontos para matar... tal como em mil novecentos e oitenta e dois.
A sociedade encontra-se infantilizada devido às ideias básicas de um povo sem educação. A desresponsabilização é geral, mas favorece quem está no topo. Tal como crianças sem responsabilidade ou ideias, o povo é sangrado por esses assassinos sedentos de vida alheia. Não existe nenhuma desculpa. Esses assassinos são algo não humano, porque alguém com um coração recusa esse tipo de práticas, mesmo com o retorno de maços de papel. Dinheiro sujo, que alimenta a ganância de quem nos mata e fica impune.
As próprias massas são controladas quando se manifestam. Cabeças contadas por quem gere esse tipo de protestos. Traídas por dentro. Enganadas por manipulação. Controlo. Identificação de elementos subversivos. Agora eliminados. Mortos, se preciso for.
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