
Não me surpreende a arrogância jornalística desde que vi uma reportagem de rua que inquiria se as pessoas sabiam o que era a nomofobia, perante a estupefacção do entrevistador. As regras deontológicas e profissionais não se aplicam a estes quasi-jornalistas, que provavelmente nem sequer devem ter carteira profissional, e supostamente trabalham num regime de recibos verdes, avenças, ou qualquer outro tipo de escravatura empresarial. A caridade humana pede para sentir pena por tal gente. Mais ainda, do que pelos universitários apanhados na armadilha mediática.
Manipulação é aquilo que o grupo Cofina melhor sabe fazer. Uma estratégia que se adequa na perfeição ao estilo tablóide de pasquins como o Correio da Manhã, a Sábado, o Record, o Destak e por aí fora. Quando o próprio sindicato e a entidade reguladora andam a toque de caixa de certos jornalistas, aqueles que serviram os vários governos durante anos, nada de bom se pode esperar. Quando certos elementos da classe gostam de dizer, não sem uma certa razão, que escolhem os políticos que temos e condicionam a nossa Justiça, então estamos conversados.
Se eu quisesse fazer um inquérito desse tipo, procurava perguntas mais prosaicas e concisas. Gostaria de saber quem são os donos da Newshold? Que, para quem não sabe, detém mais de 10% da estrutura accionista da Cofina, para além de serem os donos do semanário Sol e de 2% do grupo Impresa. Porque razão a Newshold é detida por um offshore manhoso situado algures no Panamá, e porque se ventilam os rumores de que são capitais angolanos que estão por de trás dela? Tantas perguntas, nenhuma resposta; e desconfio que a razão não seja bem devido à ignorância.
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