sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Onze

Foram, pelo menos, quatro dias seguidos, com direito a meia hora diária nos telejornais; a reportagem sobre o assunto primordial para a vida dos portugueses: o relvado da Bósnia. Certas coisas nunca mudam. Apesar dos jornalistas já conseguirem pronunciar Zeni-tsa, ainda não conseguem pronunciar Kustori-tsa, mas vamos a ter fé na evolução da fraca inteligência das criaturas, especialmente se nem todas forem como o espécime Nuno Luz.
Vou de seguida justificar o meu desapoio à selecção, antes que me acusem de ser anti-patriota ou simpatizante terrorista: uma selecção que paga uma viagem, com o dinheiro dos contribuintes, para que Pinto da Costa vá passear a Copenhaga com uma prostituta, não merece credibilidade nenhuma e "só pode parir abaixo do zero." Isso não é Portugal. Isso é uma propriedade privada dos vermes Madaíl e Amândio; e que futuramente irá pertencer a Fernando Gomes, adjuvado pela quota governamental na pessoa de Hermínio Loureiro.

As alminhas que agora se indignam pelo estado lamentável do relvado, e se carpem com queixas à UEFA, são as mesmas que nada disseram acerca das brincadeiras com a iluminação em Braga, ou com as mentiras encomendadas que fizeram as delícias da comunicação social. Em ambos os casos, o provincianismo de quem tem de usar esquemas anti-desportivos para tentar ganhar, ou pelo menos, para tentar quebrar o ímpeto do adversário.
Segundo se diz, as equipas de Association football têm onze jogadores, porque no século XIX era esse o número de lugares dos dormitórios das escolas inglesas. No campo, são onze contra onze. A expressão "décima-primeira hora" refere-se ao último momento em que é possível tomar alguma medida, o que normalmente implica uma situação de emergência ou de perigo. Onze é o primeiro número que não se consegue contar com os dedos, sendo talvez por isso a percentagem favorita dos agiotas medievais, popularmente designados por "onzeneiros".

Sem comentários:

Enviar um comentário