domingo, 7 de abril de 2013

Dois anos de FMI

O valor que os portugueses pagam para a receita do Estado, seja em impostos, taxas ou outras contribuições é superior ao que recebem do mesmo, seja em pensões e reformas, subsídios de desemprego ou doença, ou outro tipo de apoio social. Se incluirmos os juros da dívida soberana, os juros do empréstimo da troika, ou os juros da fraude do BPN no valor daquilo que o Estado tem de contribuir, então torna-se claro que não existe dinheiro para tudo.
O mentiroso compulsivo Pedro Passos Coelho prossegue o embuste de que o dinheiro se destina a defender o estado social porque um demagogo necessita sempre de ter uma argumentação de qualquer tipo, mesmo que semelhante argumentação seja falaciosa. Tal como anteriormente estimulou o ódio entre os trabalhadores do sector público e do sector privado, o chantagista tenta agora colocar os portugueses contra o Tribunal Constitucional, encontrando o bode expiatório que os propagandistas vinham cozinhando desde há algum tempo junto da opinião pública, que se encontra completamente envenenada com o trabalho do spin dos comentadores.
A estratégia é fraca, como se pode perceber, de tal modo é evidente. O segundo resgate vem a caminho e Passos Coelho nem sequer se exime de o anunciar, uma vez que já tem um álibi, como num romance policial de segunda categoria. A palavra de ordem deste governo é a doutrina da agiotagem, inspirada pela fúria predatória da alta finança. Os especuladores riem-se enquanto o povo sangra. Infelizmente vivemos num protectorado financeiro executado por traidores. Os invasores têm de morrer.

The Prodigy - Invaders Must Die

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