Bruna Real
Antes do caso propriamente dito, vou tecer umas breves mas assertivas considerações sobre a Playboy portuguesa, esse falhanço do mundo editorial luso, que segundo o que vem a público, nem dinheiro tem para pagar às "estrelas" que por lá se despem.
Apesar da falta de concepção editorial, grafismo requentado e dos genitais dos modelos serem abrasados na edição de imagem, essa revista tem atrás de si um nome que mereceria um certo respeito, e ao qual não se deveria envergonhar. Nunca foi divulgada a avaliação que a casa-mãe americana faz da sua congénere portuguesa e surpreende por isso, o facto desta ter celebrado um ano desde o seu primeiro número.
A "polémica" (para utilizar uma hipérbole) da "professora" de Mirandela, chegou na altura certa. Se não existisse este aumento de mediatização, vulgo boost, a revista correria o risco de definhar gradualmente até ao seu desaparecimento.
Comparar o que acontece em Mirandela, devido à influência de uma revista, no suposto Portugal do século XXI, com a América dos anos 50, é passar um atestado de insignificância à nossa própria existência enquanto sociedade.
Ao contrário do que os intelectuais bem-pensantes e com a mania que são progressistas gostam de afirmar, a revista Playboy é pornografia e vende com base nos seus conteúdos pornográficos. Embora, como é notório, não seja hardcore.
A heroína desta história, ou anti-heroína para alguns, Bruna Real, sabia perfeitamente disso, mas provavelmente nunca pensou que o caso tomasse estas dimensões circenses.
Nada se encontra na famosa Lei das Incompatibilidades sobre o facto de que, ser modelo pornográfico seja incompatível com a função de educadora de tempos livres, ou dito de outro modo, de actividades de enriquecimento curricular (uma vez que os portugueses gostam muito deste tipo de formalidades).
Chamar "professora" à actividade profissional de Bruna é mais um engano, uma vez que se trata de um sub-emprego sem perspectivas de carreira. Apesar disso, nunca foi contestada a sua competência profissional. Assim, despedi-la, ou sequer afasta-la da sua actividade é ilegal.
Como este tipo de contratos são celebrados pela autarquia, para trabalhos em part-time, precários e mal remunerados, o director do agrupamento de escolas local contactou a autarquia para que esta "resolvesse o problema".
O "problema" derivou do facto dos alunos, muitos deles crianças (ai, a santa inocência!) terem tido acesso a uma publicação para adultos e terem partilhado entre si as imagens onde Bruna (o apelido não é utilizado) aparece nua. A revista em formato papel esgotou em Mirandela, tanto no local onde vive, como na freguesia onde trabalha. As pulsões secretas são mais fortes do que aquilo que se gosta de admitir.
O resultado foi a vereadora da Educação de Mirandela a ter colocado noutro serviço, sem contacto com os pais ou os alunos, e anunciar que não seria contratada para o ano.
Apesar de tudo, Bruna Real continua a ser uma mulher bonita e vistosa, e isso é algo que já não lhe tiram. Por muito fel que as alcoviteiras e alcoviteiros deitem cá para fora e por muito que as mentalidades tacanhas estejam presas a uma moralidade hipócrita e ao preconceito da nudez.
Revoltante é ver quem trabalha num ministério do Estado, em seguida ir para o conselho de administração de uma empresa do mesmo sector, ou o ordenado de alguns gestores públicos. Isso sim, é que é obsceno.
Imagem outrora propriedade da Playboy Portugal
Estou de acordo contigo não só relativamente a esta polémica inventada pelos media e por falsos puritanos mas também relativamente à fraca qualidade da Playboy portuguesa. Não só consumidora deste tipo de publicações, mas como boa namorada, passo os olhos por algumas dezenas de imagens de garotas semi-nuas...as mulheres da playboy portuguesa (ou as fotos delas)fazem lembrar aquelas bonecas japonesas hiper - reais, sabes? Sobretudo na zona genitália..aquilo parece de plástico...por favor...pipis sem pelo qualquer homem gosta, mas nem existem diferenças ao nível dos grandes lábios ou do "papo"...horroroso...a playboy internacional faz muito bem em processá-los...O Hugh Heffner sempre escolheu moças bastante reais, bonotas, com grandes seios e tal mas reais, algumas tinham pelo outras nem por isso...umas tinham os seios mais descaídos (pelo peso, entenda-se) que outras, mas sempre primou pela qualidade das produções fotográficas e pelo não uso do photoshop.
ResponderEliminarEu não sou contra o uso do photoshop em si. Mas quando se transforma pele em plástico, é um bom indício que se está a exagerar.
ResponderEliminarOutro indício de desonestidade são os golpes editoriais de marketing. Mais valia assumirem que a experiência, por vários motivos, não foi bem sucedida.