
Por momentos, pensei que tal contexto se referia novamente ao exemplo da tal "moeda má", adaptado ao empobrecimento da classe política portuguesa. Teoria explicada mais a fundo aqui.
Claro que, na altura em que este dissertou sobre a metáfora monetarista, o referido senhor poder-se-ia ter incluído a ele próprio no rol, embora a sua traição às suas próprias convicções não fosse na altura muito evidente. Tal só se veio a revelar recentemente, na ausência do seu veto à proposta de casamento entre pessoas do mesmo sexo. Embora esta proposta fosse uma arma de arremesso governamental para desgastar a imagem do Presidente, esta deveria ter merecido mais do que uma simples avaliação estratégica de derrota e consequente evasão por parte deste.
Apesar de ser consensual que a bravata não faz parte da personalidade deste Presidente, toda a sua argumentação cai por terra, quando se pensa que, no fundo, este quer o mínimo incómodo na sua imagem nos próximos meses, quando já todos se esquecerem do caso das escutas de Belém.
Sem perder tempo a referir o óbvio da realidade portuguesa estar afundada no nepotismo, compadrio e do sucesso individual depender da capacidade de financiamento de cada um. Factores que assassinam o mérito, a força de vontade e a alegria dos restantes portugueses. O mais alto magistrado da Nação deveria ter a atitude assertiva de chamar os cidadãos à realidade do seu país e contribuir para dar uma machadada no sistema corporativo. Mas ele próprio faz parte do sistema, por isso as palavras que profere, "leva-as o vento".
Imagem do Funil
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