Não percebo a razão de ser da tristeza ou da revolta que existe pelo facto de algumas pessoas serem assassinadas por outras, uma vez que tudo está alinhado para que tal ocorra dessa forma.
Seja num incêndio florestal que apanhou algum inocente que o apagava, ou das coisas que acontecem na Madeira, estas ocorrências vão-se repetir ciclicamente sem que existe alguém que assuma a sua quota de responsabilidade.
A responsabilidade acaba por ser de todos aqueles que resolvem ignorar o bem estar do seu semelhante, ou dito por outras palavras, o peso recaí sobre todos nós, que no fundo, fazemos um tipo de indignação teatral para depois deixarmos tudo na mesma.
O nepotismo é um tipo de favoritismo concedido a familiares ou amigos, sem qualquer valorização do mérito. Esta falta de ética da sociedade portuguesa atinge o seu expoente máximo na Madeira, uma vez que esse microcosmos é governado quase sem limitações por aquilo que em qualquer lado se designaria por elite corrupta, mas cujas teias de poder nacional impedem que se designe propriamente devido às consequentes ameaças de difamação e ostracismo.
Caso as pessoas em posição de responsabilidade fossem escolhidas pela sua competência e pelo seu mérito, em vez de serem escolhidas pelo cartão partidário, amizade pessoal ou outro tipo de requisitos dos meios populacionais pequenos (esta escala refere-se tanto a Porto Santo como a Portugal) então teríamos finalmente chegado ao século XXI e à convergência europeia.
Mas os portugueses não querem isso. Como pessoas transformadas em ovelhas, vão paulatinamente dando a sua quota de carne aos assassinos voluntários ou involuntários que periodicamente alternam no Poder, e deste modo, os cardeais-sobrinhos vão minando o serviço público enquanto as ovelhas balem. O que vale é que sempre vão caindo umas arribas ou umas palmeiras, senão muitas mais baliriam.
Imagem do Sims. Parece real, mas serve para brincar. Tal como a vida das pessoas.
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