Triscaidecafobia designa uma superstição irracional com o número treze. Especialmente a referência ao dia do mês, considerado aziago se calhar a uma sexta-feira.
A origem desta crença é incerta, embora se acredite que seja devido a uma transgressão do número doze, que representa a completitude das coisas, como as noções temporais de relógio (12 horas) e de calendário (12 meses). Existe ainda uma ligação com a tradição cristã, devido ao facto de Cristo ter sido crucificado a uma sexta-feira, e de na última ceia estar rodeado por doze apóstolos.
Apesar disso, a tradição pode estar relacionada com um mito nórdico, onde as sacerdotisas de Friga, a deusa da fertilidade e do princípio feminino e maternal, são escorraçadas para o topo de uma montanha e consideradas como bruxas, após a conquista pelo Cristianismo, do norte da Europa.
No dia consagrado à deusa Friga, que era sexta-feira (friday) as sacerdotisas reuniam-se em números de treze, para conjurar sobre o destino do povo cristão. Estes últimos eram uma sociedade patriarcal, adoradora do Sol Invictus chamado de Cristo, e que combatia as sociedades matriarcais do paganismo, que se baseavam nos treze ciclos anuais da Lua.
Gostei. Reparo o culto a Friga/Frida não se limitava em termos geográficos ao Norte da Europa, estendeu-se a todos os territórios onde houve expansão e colonização (seja física ou cultural) de normandos, eslavos, celtas e outros. Estas sociedades não eram matriarcais, no sentido em que a maioria se organizava num sistema dialéctico entre homens e mulheres, em que cada um deles tinha o seu papel na sociedade. As mulheres realmente perderam muito do poder, sobretudo mágico-religioso com a expansão do cristianismo. A religião cristã é uma religião machista! Lol...mas gostei muito. Gosto da forma como escreves
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