segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Abertura de hostilidades

Foi triste de ver em Ponte de Lima algumas pessoas do bom e generoso povo a quererem cumprimentar o candidato Cavaco Silva e a serem afastadas de forma determinada pelos seguranças do outro, o Presidente da República, que tal como os motoristas e o resto da comitiva, são pagos pelo erário público (não que isso me cause grande problema. Para isso teria de falar nas vezes que Edite Estrela usou os fundos camarários para fazer campanha, ou nas vezes que Carlos César inaugurou uma obra regional enquanto estava em funções).
Não percebo muito bem a indignação em torno da incapacidade de argumentação de Cavaco em relação a quem o critica (contraditório que é feito de forma esplendorosa pelos seus cães de serviço). Alguém que sempre foi ideologicamente neutro e que se procura resguardar de qualquer polémica, nunca iria entrar num debate que não pode ganhar. Para além da sua posição social lhe dar uma alavanca moral sobre os vulgares cidadãos.

Todos sabem que Manuel Alegre é um pobre pecador, que sofre de vaidade e que gosta de caçar. Mas para o bem e para o mal, quer se goste ou não dele e apesar das hipérboles do seu discurso, Alegre é o candidato da Esquerda (os comunistas também o percebem, agora que o Avante deste ano terminou e as trombetas dos sovietes deixaram de tocar).
Assim, o grande receio de Cavaco é que o lastro de Esquerda da sociedade, historicamente mais pesado do que o de Direita, acabe por levar a melhor sobre ele. A ordenha já começou.

Este texto da Fernanda diz quase tudo.

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