Apraz-me dizer que o ataque pessoal que passa pelo desrespeito por uma classe inteira de profissionais é no mínimo, triste e ridículo. Claro que existem articulistas miseráveis, mas obviamente não os vou remeter a todos ao mesmo epíteto, por causa deste mísero texto de Bernardo Jardim Fernandes, doravante referido como "o ignorante".
Obviamente que o ignorante levou várias respostas, como esta, sobre o que é ser geógrafo. Eu, pela minha parte, escuso de ser educado e formal na minha escrita.
O ignorante resolveu fazer um ataque pessoal ao geógrafo Raimundo Quintal, uma voz crítica do ordenamento do território madeirense. A forma que o ignorante regional usou para o fazer, foi faltar ao respeito aos geógrafos. Este não sabe que a Geografia é uma ciência à qual se deve respeito, não só intelectual, mas também filosófico. Que a mesma se situa na charneira do conhecimento científico, e como tal, necessita da contribuição de vários saberes para atingir o seu objectivo: Responder à pergunta "onde?".
Mas de que interessa aos geógrafos e restantes técnicos do território fazerem os seus estudos, análises e diagnósticos? Se existe uma elite corrupta que predetermina esses mesmos resultados, com base nos seus próprios interesses mesquinhos, que desprezam a competência técnica dos geógrafos e o bem estar da população. Essa mesma elite corrupta que o ignorante defende (afinal, ele é um social-democrata madeirense) ao atacar o incómodo geógrafo que, chatice das chatices, está sempre na televisão, a criticar as (más) decisões de planeamento e ordenamento territorial.
A falácia da argumentação do ignorante em relação ao "geógrafo especialista em alguma coisa" é atroz, e quanto ao "ensurdecedor silêncio das dezenas de investigadores da Universidade da Madeira e das centenas de técnicos da Administração Pública Regional sobre estes assuntos?" já aqui expliquei um pouco como funciona a sociedade madeirense, por isso estamos conversados.
Sem comentários:
Enviar um comentário