sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Alma de Meretriz, Corpo Feliz

Daisy Lowe

Para os antigos egípcios, a alma era composta por cinco partes principais: o ib (coração), o sheut (sombra), o ren (nome), o ba (persona) e o ka (essência vital). Havia ainda o ha (corpo) embora este servisse apenas para as várias essências da alma funcionarem neste mundo. Para se conseguir manifestar, este conjunto habita um corpo, não sendo o corpo que adquire uma alma, como acreditava a posterior tradição ocidental. De tal forma era isto verdadeiro, que quando os cristãos começaram a espalhar a sua doutrina no Egipto, o conceito de alma como um ser imaterial seria explicado pela palavra grega psyché, e não por ba, que no fundo é apenas um dos modos pelo qual uma pessoa pode existir. Uma vez que o corpo, esse, já se encontra modelado por aquilo que o ba define que ele seja.

2012. O ano do fim do calendário Maia, o ano do reemergir da Atlântida, de um novo ciclo na história da humanidade, o ano da invasão alienígena nos céus de Londres durante os Jogos Olímpicos, do colapso do euro, do estabelecimento da ditadura, do governo mundial, do fim da tirania eneamilenar do vil metal, da tomada de consciência universal, da passagem para a quarta dimensão, do aparecimento do Nibiru, da... esqueci-me de mais alguma coisa?
Tudo pode ser definido num momento, num ano, num mês, numa semana, num dia, numa hora, num minuto, num segundo. Para mim foi aquele momento em que um rabo se empinou numas calças de ganga azuis. O momento em que uma alma de rapariga movimentou um corpo que a tudo obriga.

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