quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

"Vítor, acabei de dizer aos portugueses que os sacrifícios têm de ser para todos!"

Esta imagem de Leonardo Negrão, da discussão do Orçamento de Estado para 2012, é excelente para não ser adaptada e difundida pela blogosfera e redes sociais como uma crítica ao governo ou um gozo de retaliação pelo modo como os portugueses são gozados todos os dias pela classe política, Presidente da República incluído.
Acho plausível que a população esteja farta de ouvir falar de política e de políticos, e que tenha a reacção natural, por uma questão de manter a sanidade, de se afastar o mais possível de uma classe nefasta que ocupa a totalidade da emissão televisiva não ficcionada (vamos assumir que a farsa do jogo político, e a sua dicotomia partidária e ideológica não se trata de ficção).
Alienar o povo da sua classe política tem sido a manobra favorita da oligarquia, para recusar a cidadania a esse mesmo povo, e existe a tendência, algo ingénua na minha opinião, de quem critica a acção governativa, de julgar Passos Coelho incompetente, ou então um louco com o delírio pelo abismo (metáfora recorrente para criticar o Primeiro-ministro de Portugal) quando Passos Coelho, como mero empregado da alta finança, faz aquilo que lhe mandam fazer, não sendo por isso nem um lunático nem propriamente mentiroso. Se bem que, no conceito de mentiroso, não estou a incluir as mentiras que ele diz aos portugueses, que a esses ele não presta contas nenhumas.

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