Nas declarações de Cavaco Silva deve primeiro perceber-se para quem é que este está a falar. Cavaco dirige-se ao velhotes da Beira Alta, ao cavaquistão, ao tipo de gente miserável de corpo e alma e miserabilista por natureza que o elegeu. Pessoas cuja ganância por tostões é suficiente para causar desavenças entre irmãos. Pessoas que levam o conceito de avareza até limites nunca imaginados pela sociedade mediática e informatizada do litoral. Pessoas que não têm facebook, e que se estão a cagar para o que os "jovens" lá escrevem. Pessoas que não sabem ler nem escrever. Pessoas que vão à missa e que são endoutrinadas pelos párocos, mas que optam por ignorar que a avareza é um pecado. Pessoas que odeiam essa corja que são os políticos. Pessoas para quem Cavaco diz sub-repticiamente que não é um político, que é um deles. Que conta os tostões. Manobra que usa frequentemente, porque conhece este povo.
Cavaco não goza, Cavaco manipula. Os portugueses é que se sentem gozados pela manipulação básica. Cavaco alardeia o facto de não receber vencimento enquanto presidente, mas omite que foi uma opção própria para receber uma reforma que é superior ao vencimento. Omite que recebe duas reformas. Omite que o total das reformas é superior a dez mil euros por mês. Mas nada disto interessa à gente humilde e salazarenta, cuja política é o trabalho, para quem ser-se pobre é ser-se honrado.
A imagem de Cavaco Silva evoluiu nos anos noventa, com uma televisão estatal que lhe fazia a vontade, onde este tipo de discurso resultava. Hoje, tal como ontem, a "informação não domesticada" é algo que preocupa Fernando Lima, o seu consultor político e obreiro da intriga no caso das escutas. Os "jornalistas" já transmitiram as palavras do senhor Presidente. Agora calem-se!
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