O animal mais conhecido por Leontopitecus rosalia chama-se Titi-leão em português. "Mico-leão" é brasileiro. Mas talvez fosse esperar muito que num jornal televisivo português, se falasse português. Pelos vistos não é só a ortografia, também querem que mudemos os vocábulos, o léxico e o resto. O autor da pérola foi João Pacheco Miranda, "jornalista" da RTP, que para além de ser um conhecido sabujo do poder, também é um promotor da ignorância entre as massas, e desse desígnio cultural de abrasileirar a sociedade portuguesa.
O coiso da Cultura, de seu nome Francisco José Viegas, tem razão quando afirma que "a língua é de quem a fala". O problema do brasileiro é que é um dialecto, não é uma língua. Não é uma questão de ortografia, ou até de sotaque, é uma diferença de estrutura frásica e de vocabulário. Enquanto se insistir no engodo de que o português e o brasileiro são a mesma língua, iremos ter sempre este tipo de discussão. A única razão porque o brasileiro se impôs ao português, na tentativa de uniformização ortográfica, é porque o Brasil tem mais população e mais poder económico. Deixem o Brasil registar a sua língua na ONU como brasileiro, uma vez que já é uma nação independente, e acabem com o mito de que o português é uma das línguas mais faladas no mundo. O governante Viegas, como representante do lobby livreiro, tem todo o benefício em defender o acordo, para que as suas editoras melhor possam vender num mercado mais alargado, com menor custo, uma vez que, tal como o resto do governo, ele só vê o lucro e o ganho pessoal à frente. Mas o português é assim mesmo, meio macaco e meio leão.
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