Na minha opinião, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) não deveria ser um banco de investimento. Parece evidente que a fraude das alavancagens de risco são as responsáveis pela crise económica mundial. A Caixa é o sustentáculo do sistema bancário nacional, sem o qual corremos o risco de nos acontecer algo como na Islândia, para o contentamento de meia dúzia de especuladores.A nova administração vai ter três membros não-executivos, pomposamente designados no conjunto por "Comissão de Auditoria", cuja função será a de vigiar o trabalho dos membros executivos. Se este tipo de organização é usual em bancos privados - nos quais os accionistas mais importantes fazem valer as sua orientações - não se percebe a sua inclusão num banco estatal, uma vez que a sua orientação primária já está definida. A não ser que se estejam já a preparam para a sua privatização, mas isso já é outra conversa.
O até agora presidente Faria de Oliveira irá continuar como presidente, embora agora o seu cargo seja meramente simbólico. A polémica surgiu após Nogueira Leite ter declarado à imprensa da especialidade que seria o novo vice-presidente, algo que só é definido pelos próprios membros, depois de constituída a administração.
Apesar de ter sido formalmente eleito como um mero vogal da administração, Nogueira Leite irá definir as orientações governamentais em nome do interesse político, e nem me parece que haja grande fricção nesta administração, porque todos pensam da mesma maneira: O santo mercado deve ser deixado em paz, a via para a felicidade passa pela privatização, e a concorrência é um pecado. Viva a especulação!
Conselho de Administração (membros do governo):
António Nogueira Leite, economista nomeado pelo Primeiro-ministro, de facto CEO da Caixa Geral de Depósitos (CGD), membro do Conselho Nacional do Partido Social Democrata (PSD), secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, entre 1999 e 2000 (governo de António Guterres), administrador executivo da Mello Saúde e vice-presidente do Banif Investment Bank.José Agostinho de Matos, CEO no papel, testa de ferro nomeado pelo Ministro das Finanças, do qual foi colega no Banco de Portugal.Nuno Fernandes Thomaz, administrador-executivo nomeado por Paulo Portas, do qual foi Secretário de Estado, político do CDS/PP, proponente do "Museu da Bíblia", CEO do Grupo ASK - banco de investimento e finança corporativa - até Julho de 2011.
Conselho de Administração (Comissão de Auditoria):
Eduardo Paz Ferreira, advogado, membro da Comissão ministerial de Acompanhamento das Privatizações e na elaboração das leis que regem o Sector Empresarial do Estado (1997-1998).
Pedro Rebelo de Sousa, irmão de Marcelo Rebelo de Sousa, advogado da multinacional petrolífera ENI (accionista de 33% da petrolífera Galp - negócio cujo interesse estratégico faz parte das atribuições da CGD) e advogado da Compal, empresa que mantém um litígio jurídico com a CGD.Álvaro Nascimento, economista, consultor em política de concorrência e regulação financeira sectorial, Financial Research Analyst no BPI (Banco Português de Investimento) entre 1989 e 1991 e Trading Desk na Douro - empresa de serviços financeiros - entre 1993 e 1998.
Conselho de Administração (membros repetentes):
Fernando Faria de Oliveira, político do PSD, ministro do Comércio e Turismo dos governos de Cavaco Silva, anterior CEO da Caixa Geral de Depósitos e reeleito Presidente do Conselho de Administração (chairman).Norberto Rosa, economista, secretário de Estado do Orçamento entre 1993 e 1995 (governo de Cavaco Silva) e entre 2002 e 2004 (governo de Durão Barroso) e, por inerência da CGD, vice-presidente do Banco Português de Negócios (BPN).Jorge Tomé, economista, especialista em finança de investimento e fundos de pensões, nomeadamente no grupo BANIF, e representante da CGD na Portugal Telecom (PT), até se demitir do cargo em 2009, após um investimento da PT na Ongoing Internacional à sua revelia.Rodolfo Lavrador, advogado, secretário de Estado do Tesouro e das Finanças entre 2001 e 2002 (fase final do governo de António Guterres).Pedro Cardoso, economista, responsável pela análise dos mercados financeiros, da gestão de activos e da gestão de risco, administrador da Efisa - empresa de finança corporativa, parte do grupo BPN - e administrador da CGD no Banco Português de Negócios (BPN).
Mesa da Assembleia Geral:
Manuel Lopes Porto, deputado do PSD ao Parlamento Europeu entre 1989 e 1999, membro da Comissão que preparou a Reforma Fiscal criadora do IRS e do IRC, organizador da reunião internacional de liberalização do comércio e políticas de ajustamento do World Bank (Banco Mundial).Rui Machete, presidente do Conselho Nacional do PSD, presidente em exercício do Conselho Superior da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) - empresa detentora do Banco Português de Negócios (BPN) - no momento da sua gestão danosa e malpractice financeira, que resultou numa dívida a ser paga pelo contribuinte português, de cerca de 4 mil milhões de euros, até 2020.José Lourenço Soares, jurista, administrador da CGD no Banco Português de Negócios (BPN).



O lobo já rebentou um elo da corrente. Apesar de Týr, o deus do combate singular, o ter aprisionado durante algum tempo. Os ataques em Oslo e na ilha de Utøya não deveriam representar novidade nenhuma. Já todos devemos ter ouvido mais do que uma pessoa confessar em privado a vontade de meter uma bomba no parlamento, ou algo similar, devido ao cansaço com o sistema. Este sistema que todos os dias criticamos.
Amália tornou-se um mito. O culminar da expressão musical nacional do século XX, cuja influência cultural ainda hoje é reconhecida em vários países do mundo. A pedra de toque com que qualquer mulher fadista se comparou posteriormente.
Vou tentar escrever no português mais correcto que conseguir: sendo somente um entre os "apenas" nove milhões que escreve em português, não sinto nenhuma vontade de escrever em brasileiro. Ao contrário do Nuno Artur Silva, que gostaria que todos os portugueses passassem a escrever em brasileiro, uma vez que assim teriam acesso a um potencial mercado de 190 milhões de leitores, descontando os 16 milhões de analfabetos brasileiros e os ainda restantes milhões que pouco interesse teriam em ler o que os portugueses escrevem (especialmente os do calibre do Nuno Artur Silva).

