quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ameaças à sanidade masculina

Koharu Kusumi, J-pop Idol

Midriff designa a parte do corpo entre o peito e a cintura, a área em torno do diafragma, onde se destaca o umbigo.
O termo provem do inglês antigo, quando era escrita como "midhrif", em que "hrif" significa estômago. A palavra foi novamente utilizada a partir dos anos 40 pela industria da moda, devido ao facto da palavra "barriga" ser considerada indesejável pelas senhoras, devido a conotações com a obesidade.
Esta parte do corpo fica exposta quando se usa um top ou um bikini. A sua moda começou no ocidente por volta dos anos 60 até ao final dos anos 90. Altura em que o piercing do umbigo se tornou popular, bem como a arte oriental da dança do ventre.
Nos Estados Unidos, o marketing em torno desta forma de vestir destina-se principalmente às adolescentes preocupadas com a aparência de serem mais adultas, embora muitas escolas terem adoptado códigos de vestuário que o proíbam.

Zettai Ryouiki (絶対領域) que se traduz livremente por "território absoluto" ("absolute territory") e compreende a área de pele das coxas que se pode ver entre a saia e as meias. O rácio ideal será de 4 : 1 : 2,5 (comprimento da mini-saia : território absoluto : altura das meias acima do joelho). Para ser considerado ZR, a roupa interior não deve ser vista.
O termo teve a sua origem no anime Evangelion, onde designava o AT Field ("Absolute Terror Field"). Uma barreira impenetrável a praticamente todas as armas convencionais, embora a sua conotação semântica e significado seja, neste caso, bastante diferente.
O zettai ryouiki é actualmente o maior fetiche no Japão. A explicação pode ser encontrada no facto de que a beleza semi-coberta de uma rapariga ser mais atractiva, pois deixa que um olhar furtivo para uma área exposta, combinada com o tapar das outras áreas, se torne um factor de atracção e de curiosidade que incentiva a fantasia.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Suporte de telemóvel (celular)

Larissa Riquelme
A verdadeira estrela do Mundial, embora ainda esteja longe da Gata da Copa do Mundial de 1990. Mas isso seria outra competição.
Quanto a esta que terminou, apesar de o meu prognóstico não se ter revelado o mais correcto (esta coisa da omnisciência é cansativa, e por vezes a minha atenção desvia-se para outro tipo de afazeres) existiram certos pressentimentos que se revelaram correctos e outros que nem tanto.
Nas surpresas estão o Uruguai (ver o Álvaro Pereira e o Fucile a jogarem à bola é quase um paradoxo) do grande patrão Diego Forlán, com o sistema táctico mais original e difícil de executar do torneio, o fogacho Tshabalala, a Nigéria e a titular Itália em último nos respectivos grupos e os Estados Unidos em primeiro do seu.
A tristeza da Inglaterra, a Sérvia a mostrar-se à Alemanha, a Nova Zelândia (a única equipa sem derrotas) e o facto insofismável de Portugal ter passado a fase de grupos e a tourada da Suíça sobre a Espanha (foi uma bela faena).
A Argentina foi uma equipa bipolar, com a surpresa e a confirmação do seu valor e da falta dele a andarem de mãos dadas com as manias histriónicas do seu treinador. Nada que um psicólogo não consiga resolver.

Em relação ao previsto, ou quase, está a actuação da França. Festejada efusivamente, especialmente no jogo com o México, com o velhinho Cuauhtémoc a molhar a sopa no meio de um belo repasto. A equipa da casa a ficar pela fase de grupos, as prestações da Coreia do Sul e do Japão (e das coreanas e japonesas) e o samba do avião pela Holanda (após ter visto esta e o Brasil a jogarem antes).
Ao Brasil faltou algo no ataque, uma vez que tanto o inadaptado (ao futebol europeu) Robinho como o desprezado (pelo Porto) Fabiano não marcaram a diferença, apesar da sua suposta qualidade, faltando um bom médio defensivo, o que também percebo, pois deve ser complicado escolher entre o instável Felipe Melo e o anão Josué.
A Espanha ganhou todos os jogos por um golo (excepto na fase de grupos, onde o máximo que marcou por jogo foram dois) o que constitui o maior atentado à espectacularidade do futebol desde o mundial de 1994. Aquele onde o Brasil passeou a sua classe soporífera e irritante até ao título mundial.
Apesar da qualidade da troca de bola e da capacidade desestabilizadora de Xavi e de Iniesta na equipa espanhola, quem realmente quiser ver precisão de passe e toque de bola bonito, que vá ao youtube ver vídeos do Brasil de 1982 e depois tire as suas próprias conclusões.

Vanusa Spindler (circa 1990) e Larissa Riquelme (2010)

sábado, 10 de julho de 2010

Azeite a mais...

Apesar de serem uma banda de referência para mim, fico com a sensação de que Faith No More era nos anos noventa, mas devo ser o único. Hoje em dia parece que falta qualquer coisa. Algum tipo de relevância artística e conceptual, isto sem querer teorizar em demasia.
Claro que a execução é irrepreensível, como o demonstraram na edição deste ano do Alive, mas o protagonismo excessivo do chamado kitch faz-me um pouco de impressão.
Após a marca que deixaram na história da música rock, os FNM já nada têm a provar, embora o lado crítico de um melómano continue a esperar por uma demanda eterna por inovação, numa banda que, de qualquer forma, sempre foi bastante aberta a vários tipos de influências ao longo da sua carreira musical.

Na minha opinião, o mais brutal de todos os temas dessa noite foi o "Cuckoo for Caca", e cada vez mais, considero o "King for a Day" o melhor álbum deles, apesar do contributo seminal do "Angel Dust". A maior parte do relembrar de velhas glórias em que os FNM estão hoje transformados pertence a esse álbum de '95. Tanto o maltratado "Just a Man" como o "Evidência" (assim mesmo, em proto-português) e aquela dedicada ao Cristiano, sobre carros desportivos. Em seguida, os singles do "Album of the Year" e mais umas quantas do "The Real Thing" e a festa fica feita.
Concluindo, gostava mais do Mike Patton dos anos noventa (o do "vinho verde") em vez do "azeiteiro" actual que vocifera impropérios em catadupa (até perder a piada) para gáudio do público, que de uma maneira geral, gosta de azeite.


Imagem de Manuel Lino

sábado, 3 de julho de 2010

FAQ You (in French)

Ludivine Sagnier, nascida em La Celle-Saint-Cloud, Île-de-France

Q: O que é a França?
A: Uma vergonha.

Q: Porque razão quis o treinador Domenech voltar mais cedo para casa?
A: Por causa da mulher dele.

Estelle Denis, a excelentíssima esposa

Q: Porque razão a imprensa francesa não é mais crítica do treinador?
A: A mulher dele é jornalista.

Q: Se existem gajas tão boas em França, porque razão é que os jogadores Ribéry e Benzema se envolveram com a Zahia Dehar?
A: Por disponibilidade financeira.

Zahia Dehar (aceita cartões de crédito)

Q: Se a Irlanda tivesse ido ao mundial, como seria justo, iria fazer melhor do que a França?
A: Não.

Q: Com a prestação da França, será que a Carla Bruni se vai mudar para Itália?
A: Não, porque a prestação da Itália também foi uma desgraça.

Carla Bruni, em outra encarnação

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O efeito borboleta

Na Teoria do Caos, o "efeito borboleta" designa as diferenças imperceptíveis num sistema dinâmico que, num longo período de tempo, podem imprimir mudanças significativas a esse mesmo sistema. Exemplificado na famosa ideia de que as asas de uma borboleta, situada por exemplo em Portugal, podem criar pequenas alterações na atmosfera, que progressivamente, levem à formação de um tornado, por exemplo, na África do Sul.

Se a memória não me atraiçoa, que já passou uma eternidade, as coisas começaram a correr na Covilhã. Mal, diriam alguns.
Por essa altura, esses movimentos de incompetência eram apenas imperceptíveis:
A chamada de jogadores que se encontravam já com alguns dias de férias, a chegada a conta-gotas, um estágio prolongado, o imiscuir do binómio luso-marfinense Toni, as suas palmadinhas nas costas, o descontentamento da populaça com um treino a que não conseguiu assistir, o desfile pelas ruas e pela Câmara da Covilhã e os jogos de despreocupação com as equipas africanas (embora eu confesse que estava a torcer por Moçambique).
Na África do Sul, o pessimismo com a segurança dos que relatavam o dia-a-dia da equipa, contrastava com o optimismo desenfreado dos emigrantes que ansiavam por um pouco de reconhecimento e orgulho nacional.

Mas voltando às borboletas:
Beto, guarda redes vendido, mas que mesmo assim, ou por causa disso mesmo, foi o porta-voz da equipa, onde dava largas ao seu sorriso cínico.
Daniel Fernandes, guarda-redes canadiano do famoso Iraklis da Tessalónica, onde estava a aquecer o banco depois de ter sido emprestado pelo Bochum.
Ricardo Costa, que se intrujou a tentar jogar a lateral direito.
Pepe, um aleijado madrileno-brasileiro, que por uma questão de estatuto foi considerado indispensável e indiscutível na equipa.
Zé Castro, de quem já ninguém se lembra. O stand-in de Pepe.
Rolando, um cabo-verdiano que é uma banalidade.
Duda e o venezuelano Danny, que me provocam vómitos.
Miguel, que se defende bem, com uma 9 mm.
Nani, que se lesionou num treino na clavícula. O seu estado nunca foi assumido frontalmente pelos responsáveis. Ninguém conseguiu explicar a história da sua lesão, o que levou a todo o tipo de especulações, incluindo uma acusação de doping.
Deco, um brasileiro que contestou as opções tácticas do treinador, e que apesar de ter continuado a fazer parte do grupo de trabalho, deixou de ser opção técnica.
Amorim, que foi chamado para o lugar de Nani, apesar de nunca ter feito parte dos trabalhos anteriores e já se encontrar de férias na altura, e que contraiu igualmente uma lesão inexplicável.
Liédson, que é bastante brasileiro.
Hugo Almeida, que vociferou veementemente contra o publico que assobiava a equipa em Portugal. Indo depois para o Mundial para se auto-promover e que bateu bem as asinhas.
Cristiano, um capitão de equipa, o responsável por meter os outros na linha e a voz da autoridade, ou talvez não. Para muitos, o milagreiro redentor e por fim... o bode expiatório mais acessível para todos aqueles que embarcaram no sonho cor-de-rosa da euforia vuvuzélica.

Em conclusão, a dúvida que eu tinha era saber quem é que iria redigir a versão 2010 do famoso relatório Boronha. Mas talvez tudo fosse convenientemente abafado.
No final de contas, o tornado não foi muito grande, uma vez que parece que cumprimos o objectivo de passar da fase de grupos aos 16 melhores, isto segundo a retórica queiroziana, e por último, o presidente da Federação pode sempre encontrar um bode expiatório, uma vez que já anteriormente demonstrou uma certa habilidade para fazer isso mesmo.