37 é um número primo, o primeiro irregular;
faz parte da sequência de Padovan e é um número de Størmer.
É o único número de dois dígitos de base decimal cujo produto, quando multiplicado por dois, subtraído por um, e lido de trás para a frente, é igual ao número original: 37×2=74, 74-1=73, 73 é a leitura inversa de 37.
É o número atómico do Rubídio (Rb) e a temperatura normal do ser humano, em graus Celsius.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
Licença de caça
Aubrey Plaza, como Daisy
Ira: “I thought you were the kind of girl that would wait two months and then have sex with a guy. I didn’t think you would just...”
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Eu Vos Saúdo, Maria
Gostei muito do desenvolvimento e conclusão da novela Nobre. Claro que Hahaha se trata de um filme sul-coreano do ano passado, mas bem poderia ser um filme acerca do hipócrita oportunista que queria ser a segunda figura do Estado.
O título de "Chefe dos Eleitos do Povo" seria bastante adequado à sua vaidade, mas não houve uma consulta aos deputados nesta negociata pré-eleitoral, e uma vez que estes são conhecedores do manifesto desprezo que a referida criatura tem por eles, resolveram não lhe fazer a vontade.
Apesar de eu ter alguma dificuldade em reconhecer expressões alheias, consegui reconhecer as expressões de incómodo, azia e cinismo; e por fim, de abandono a que os seus próprios correlegionários o votaram. A tudo isto eu assisti em Nobre, sem nenhum sentimento especial de satisfação. Mais de pena, por aquilo que se costuma definir como miséria humana.
O facto do posto ser entregue a Assunção Esteves, que é um ser humano do sexo feminino, é um avanço muito significativo; um breakthrough, como poderiam dizer os estrangeiros, caso estes se sentassem no parlamento português. Se isto se generaliza, ainda vemos o deputado Luís Montenegro a utilizar expressões como: laste bat note da leaste, só para mostrar; com aquela arrogância típica dos laranjinhas, que é mais in por falar na língua saxónica.
Falar inglês na casa da República Portuguesa deve estar no memorando da troika e deve ter sido uma alínea que eu não consultei. De qualquer modo, se a desenvoltura dos deputados com o português for semelhante à do governo; como Miguel Relvas fez questão de demonstrar, ao utilizar a expressão "Presidenta" (que apesar de existir, deve ser evitada) então o melhor mesmo é que se exprimam em inglês, que assim a troika até os percebe melhor.
A filosofia cristã de Maria poderá ajuda-la a conseguir gerir aquele lupanar. Assim de repente, lembro-me da caridade, que se deve ter para se conseguir gostar de criaturas tão nojentas como as deputais; da fé, para acreditar que aquela gente é capaz de produzir algo, especialmente no interesse do país; e por último, da esperança. A esperança obamiana no futuro, em vez do desespero ou do cinismo, que qualquer pessoa, a partir de uma certa idade, e que não viva hipnotizada pelos media, usa como método de sobrevivência.
Como nota final, e ao contrário do que a propaganda direitista tem afirmado - para além do downplay que tentam fazer disto, devido ao embaraço evidente - uma parte significativa dos portugueses não ignorou esta novela da eleição do Presidente da AR, que ocupou o maior espaço mediático e de discussão desde que eu me lembre. Mas a Maria merece este protagonismo, com toda a justiça.
O título de "Chefe dos Eleitos do Povo" seria bastante adequado à sua vaidade, mas não houve uma consulta aos deputados nesta negociata pré-eleitoral, e uma vez que estes são conhecedores do manifesto desprezo que a referida criatura tem por eles, resolveram não lhe fazer a vontade.
Apesar de eu ter alguma dificuldade em reconhecer expressões alheias, consegui reconhecer as expressões de incómodo, azia e cinismo; e por fim, de abandono a que os seus próprios correlegionários o votaram. A tudo isto eu assisti em Nobre, sem nenhum sentimento especial de satisfação. Mais de pena, por aquilo que se costuma definir como miséria humana.
O facto do posto ser entregue a Assunção Esteves, que é um ser humano do sexo feminino, é um avanço muito significativo; um breakthrough, como poderiam dizer os estrangeiros, caso estes se sentassem no parlamento português. Se isto se generaliza, ainda vemos o deputado Luís Montenegro a utilizar expressões como: laste bat note da leaste, só para mostrar; com aquela arrogância típica dos laranjinhas, que é mais in por falar na língua saxónica.
Falar inglês na casa da República Portuguesa deve estar no memorando da troika e deve ter sido uma alínea que eu não consultei. De qualquer modo, se a desenvoltura dos deputados com o português for semelhante à do governo; como Miguel Relvas fez questão de demonstrar, ao utilizar a expressão "Presidenta" (que apesar de existir, deve ser evitada) então o melhor mesmo é que se exprimam em inglês, que assim a troika até os percebe melhor.
A filosofia cristã de Maria poderá ajuda-la a conseguir gerir aquele lupanar. Assim de repente, lembro-me da caridade, que se deve ter para se conseguir gostar de criaturas tão nojentas como as deputais; da fé, para acreditar que aquela gente é capaz de produzir algo, especialmente no interesse do país; e por último, da esperança. A esperança obamiana no futuro, em vez do desespero ou do cinismo, que qualquer pessoa, a partir de uma certa idade, e que não viva hipnotizada pelos media, usa como método de sobrevivência.
Como nota final, e ao contrário do que a propaganda direitista tem afirmado - para além do downplay que tentam fazer disto, devido ao embaraço evidente - uma parte significativa dos portugueses não ignorou esta novela da eleição do Presidente da AR, que ocupou o maior espaço mediático e de discussão desde que eu me lembre. Mas a Maria merece este protagonismo, com toda a justiça.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
O meu deserto
O Dia Mundial de Combate à Desertificação devia ser celebrado por todos os que se preocupam com a pressão que os seres humanos exercem no meio. De uma forma simples, a desertificação é a perda de biomassa de um determinado ecossistema devido a causas climáticas e/ou humanas. Nada tem que ver com o despovoamento, que é um conceito completamente diferente. Vou escrever de novo: nada tem que ver com o despovoamento.
Não adianta virem com o Priberam ou com o dicionário. Um geógrafo não usa expedientes linguísticos como "ilha deserta"; prefere falar de ilhas desabitadas. Um geógrafo sabe fazer a distinção entre povoamento e erosão do solo.
Desmistificar este preconceito é quase impossível, devido ao facto da generalidade dos jornalistas e dos políticos portugueses ser completamente ignorante nesta matéria, insistindo na difusão do erro.
No fenómeno de desertificação, o solo degrada-se e perde capacidade produtiva. O ecossistema torna-se árido; e a médio prazo, as terras atingidas pela desertificação forçam a população residente a procurar novas áreas mais rentáveis. Ora, como se consegue perceber, nada disto acontece na região das Beiras ou de Trás-os-Montes, por exemplo. O que aí ocorre designa-se por despovoamento.
Não adianta virem com o Priberam ou com o dicionário. Um geógrafo não usa expedientes linguísticos como "ilha deserta"; prefere falar de ilhas desabitadas. Um geógrafo sabe fazer a distinção entre povoamento e erosão do solo.
Desmistificar este preconceito é quase impossível, devido ao facto da generalidade dos jornalistas e dos políticos portugueses ser completamente ignorante nesta matéria, insistindo na difusão do erro.
No fenómeno de desertificação, o solo degrada-se e perde capacidade produtiva. O ecossistema torna-se árido; e a médio prazo, as terras atingidas pela desertificação forçam a população residente a procurar novas áreas mais rentáveis. Ora, como se consegue perceber, nada disto acontece na região das Beiras ou de Trás-os-Montes, por exemplo. O que aí ocorre designa-se por despovoamento.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Céu sem Lua
Mugetsu (無月) - "Sem Lua"
O eclipse lunar representa o desaparecimento das emoções, e de facto, a única coisa que eu senti foi um vento uivante e incessante. A Lua, nem vê-la!
Segundo a mitologia bleachiana, o céu sem Lua designa-se por Mugetsu (無月) e consiste numa lâmina de energia espiritual negra. Quando esta lâmina é esgrimida em direcção a um determinado alvo, causa a erupção massiva desse véu de energia; que obscurece o céu, ao ascender verticalmente; obliterando tudo aquilo que se encontre no seu raio de deflagração. A energia continua a subir até se dissipar na atmosfera.
Na "Bíblia".
O eclipse lunar representa o desaparecimento das emoções, e de facto, a única coisa que eu senti foi um vento uivante e incessante. A Lua, nem vê-la!
Segundo a mitologia bleachiana, o céu sem Lua designa-se por Mugetsu (無月) e consiste numa lâmina de energia espiritual negra. Quando esta lâmina é esgrimida em direcção a um determinado alvo, causa a erupção massiva desse véu de energia; que obscurece o céu, ao ascender verticalmente; obliterando tudo aquilo que se encontre no seu raio de deflagração. A energia continua a subir até se dissipar na atmosfera.
Na "Bíblia".
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Eclipse Total da Lua
Jessica Stojadinovich, fotografada por Nikola Tamindzic
Jessica Stojadinovich é um modelo e uma actriz fantástica, o doppelgänger perfeito. "Stoya" é o seu nick, que é uma versão abreviada do seu apelido familiar. O que é mais interessante em Stoya é a sua expressividade física, que em conjunto com as restantes técnicas de interpretação dramática, é a condição essencial para se ser uma boa actriz, mesmo no género dela. Mas nada como um exemplo concreto.
Stoya afirma que tem sido uma aventura divertida, apesar de fazer hoje vinte e cinco anos; aquela idade na vida das mulheres que provavelmente obriga a uma redefinição emocional, uma vez que o epíteto de "rapariga" já faz pouco sentido. Apesar de tudo, continua a ser uma reputada apreciadora dos mais variados estilos artísticos, e uma exímia conhecedora da literatura de ficção científica e de fantasia. Isto sem contar com as roupas vanguardistas que ela própria cria e usa, e de ser uma blogger activa. Parabéns!
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Flagrante delitro
António era um rapaz de Lisboa. Tivesse ele o sobrenome Mora, e talvez fosse este António agora. Talvez da Invicta, talvez do Barreiro, talvez fosse um discípulo do Caeiro. Talvez fosse uma outra pessoa. Pessoa não era António, era Fernando. Tal como o outro, o que foi andando. Aquele do franciscano manto. Aquele a quem todos chamam de Santo. Mas Fernando é nome bárbaro e alemão... António é mais romano e mais cristão... e assim o de Bulhões, se tornou além Pastor, para depois a Igreja-Mãe o tornar um seu Doutor. Mas António será sempre. Para sempre, será António... ou então, será Fernando... de vez em quando.
Impressões acerca do dia da efeméride de Santo António, que coincide com o dia do nascimento de Fernando Pessoa.
Impressões acerca do dia da efeméride de Santo António, que coincide com o dia do nascimento de Fernando Pessoa.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
O Protectorado
Hoje comemora-se o Dia de Portugal, embora este dia já não faça sentido. Portugal fazia parte da União, até ser anexado pela ponta de lança da ofensiva americana: As agências de notação financeira e a intervenção externa bandoleira.
A guerra económica mais não é que o sufocamento dos povos sem recorrer aos contingentes militares. Portugal teve a manifesta pouca sorte de ser um dos elos mais fracos do Euro. Como qualquer invasão se inicia pela parte mais fraca, a União Europeia vê-se a braços com uma guerra da qual não quer dar conhecimento ao próprio povo europeu, nos seus simulacros de democracia.
A política europeia, encabeçada pela Alemanha, é uma política de "terra queimada". Uma política que deixa cair os estados mais fracos, para que o inimigo não lucre com eles. A iminência da expulsão do Euro, deixando queimar uma população inteira, é o que se projecta a prazo. Uma doutrina de tratamento de choque, ao bom estilo da escola de Chicago. Um genocídio cultural, com total desprezo pela vida humana.
Portugal, o país. Portugal, a nação. Portugal, a língua que foi vendida aos brasileiros por trinta dinheiros. Portugal, uma terra de usurários e cangalheiros. Daqui para a frente será a agonia até à estocada final. O protectorado não encontra nenhuma razão para não se considerar como tal.
Portugal sempre teve as suas vergonhas. A história apócrifa em que Vasco da Gama escorregou, ao embarcar na São Gabriel. Mesmo que tal nunca tenha sido vertido para o papel. Mesmo que tal verso nunca tenha feito parte da Lusíada.
Hoje quem cantar Portugal só pode cantar sobre vergonha. Vergonha por não sermos. Vergonha por nos perdermos. Vergonha por nem conseguirmos ser capazes de nos revoltar. Se este é o teu sal, então vai conservar muito bem o teu cadáver, Portugal!
A guerra económica mais não é que o sufocamento dos povos sem recorrer aos contingentes militares. Portugal teve a manifesta pouca sorte de ser um dos elos mais fracos do Euro. Como qualquer invasão se inicia pela parte mais fraca, a União Europeia vê-se a braços com uma guerra da qual não quer dar conhecimento ao próprio povo europeu, nos seus simulacros de democracia.
A política europeia, encabeçada pela Alemanha, é uma política de "terra queimada". Uma política que deixa cair os estados mais fracos, para que o inimigo não lucre com eles. A iminência da expulsão do Euro, deixando queimar uma população inteira, é o que se projecta a prazo. Uma doutrina de tratamento de choque, ao bom estilo da escola de Chicago. Um genocídio cultural, com total desprezo pela vida humana.
Portugal, o país. Portugal, a nação. Portugal, a língua que foi vendida aos brasileiros por trinta dinheiros. Portugal, uma terra de usurários e cangalheiros. Daqui para a frente será a agonia até à estocada final. O protectorado não encontra nenhuma razão para não se considerar como tal.
Portugal sempre teve as suas vergonhas. A história apócrifa em que Vasco da Gama escorregou, ao embarcar na São Gabriel. Mesmo que tal nunca tenha sido vertido para o papel. Mesmo que tal verso nunca tenha feito parte da Lusíada.
Hoje quem cantar Portugal só pode cantar sobre vergonha. Vergonha por não sermos. Vergonha por nos perdermos. Vergonha por nem conseguirmos ser capazes de nos revoltar. Se este é o teu sal, então vai conservar muito bem o teu cadáver, Portugal!
quinta-feira, 9 de junho de 2011
terça-feira, 7 de junho de 2011
Batalha Naval
« ... estou a referir-me à lesiva aquisição de submarinos - lesiva para os contribuintes e para o Estado - de que ele foi o principal responsável político, como Ministro da Defesa; e sobre a qual correm processos em Justiça por: corrupção, fraude, burla, evasão fiscal, lavagem de dinheiro, facturas falsas, etc... »
Ana Gomes, acerca de Paulo Portas, aqui.
Todos sabemos que a Rádio Renascença é conservadora e direitista, tal como o era o Cardeal Cerejeira. Mas a coitada da Susana Martins só estava a cumprir o papel dela. Estas considerações não devem ser feitas quando alguém entra ou sai de um governo, mas devem ser feitas constantemente.
As ilações a tirar daqui são que:
1. O Estado de Direito é uma ficção.
2. Os indivíduos em cargos públicos estão isentos da aplicação da Lei.
3. Esses mesmos indivíduos podem cometer os ilícitos que entenderem.
4. Somente os indivíduos que não ocupem cargos públicos é que podem ser alvo de uma investigação judicial.
5. Os processos judiciais servem para queimar a imagem pública do acusado, em vez de criarem equidade social.
6. Os pontos 4 e 5 implicam que não existe separação de poderes.
Ana Gomes, acerca de Paulo Portas, aqui.
Todos sabemos que a Rádio Renascença é conservadora e direitista, tal como o era o Cardeal Cerejeira. Mas a coitada da Susana Martins só estava a cumprir o papel dela. Estas considerações não devem ser feitas quando alguém entra ou sai de um governo, mas devem ser feitas constantemente.
As ilações a tirar daqui são que:
1. O Estado de Direito é uma ficção.
2. Os indivíduos em cargos públicos estão isentos da aplicação da Lei.
3. Esses mesmos indivíduos podem cometer os ilícitos que entenderem.
4. Somente os indivíduos que não ocupem cargos públicos é que podem ser alvo de uma investigação judicial.
5. Os processos judiciais servem para queimar a imagem pública do acusado, em vez de criarem equidade social.
6. Os pontos 4 e 5 implicam que não existe separação de poderes.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
A Tareia
Nos idos de noventa, quando António Guterres ganhou as eleições a Fernando Nogueira - após Cavaco Silva ter fugido das eleições e do julgamento popular - os jornalistas que filmavam a noite da vitória eleitoral fixaram-se na imagem de Guterres a dar a mão à esposa. Como se fosse um sinal de esperança ao povo ingénuo e que gosta de acreditar nestas novelas, que daí para a frente tudo seria diferente. Diferente da insensibilidade social Cavaquista e das cargas policiais de Dias Loureiro.
Embora as razões desta emoção - o prazer - sejam difíceis de apontar, só tive o prazer de poder afastar Cavaco numa eleição. Quando este concorreu às presidenciais com Sampaio no ano seguinte e ainda estava fresco na cabeça do eleitorado o mal que a direita faz às políticas sociais, e o desrespeito que esta tem por aqueles que estão na base da pirâmide social, devido à sua doutrina ideológica.
Quem vota nesta doutrina faz parte dos poucos que vai lucrar com ela, ou então é enganado por promessas sibilinas de que essa gente realmente se preocupa.
Posto isto, devo concluir que foi realmente uma cacetada aquilo a que se assistiu ontem, e que nada melhor se avizinha nos tempos mais próximos.
Ao contrário de Cavaco, Sócrates não fugiu. Dispôs-se assim à bela tareia que os portugueses lhe quiseram dar. Como bode expiatório estava bem identificado e estes puderam exorcizar as suas próprias frustrações.
Era preciso afastar Sócrates, o demónio. Sócrates, o maldito. Estas foram as eleições do "vamos correr com o Sócrates". A máquina de propaganda laranja - a tal que não existe - explorou muito bem este ponto único de discussão eleitoral, que a máquina de propaganda socialista - esse bulldozer infalível - não conseguiu contrariar.
A pressa dos pseudo-jornalistas em lamberem as botas dos recém eleitos em sabuja vassalagem, só contrastou com a falta de vergonha destes em apoiarem Passos. Uma vez que não existe motivo para se ter qualquer tipo de vergonha de se apoiar Passos. Vergonha haveria se apoiassem Sócrates, o demónio. Penso que já todos sabem que o código deontológico dos jornalistas é uma ficção bem escrita; e contudo, pessoas houve que ficaram perplexas com a reacção desta classe, com a sua felicidade, com as garrafas de champanhe, e que ainda acreditavam no mito tão conveniente da imparcialidade jornalística. Esses arautos da comunicação mostraram bem o que são.
Apesar do ódio a Sócrates, a estratégia deste em culpar os outros pela intervenção externa não colheu. A estratégia do Bloco também não resultou, e já se vinha a adivinhar que iria dar nisto. Cada um tem o que merece.
Apesar do CDS-PP ir para o governo, ficou demonstrado que existe um limite para o número de pessoas que Paulo Portas consegue enganar.
Embora o aumento da abstenção e dos votos em branco tenham como contrapartida que o número de pessoas necessária para eleger o mesmo número de deputados seja mais reduzida, o CDS-PP acabou por ser sodomizado pela Lei de Hondt. A mesma que acabou por beneficiar a CDU.
Apesar de dizerem que tiveram uma votação superior ao conjunto da CDU e do Bloco, basta fazer algumas contas para perceber que CDS-PP: 652.194 votos, é menor que CDU: 440.850 votos + Bloco: 288.076 votos = 728.926 votos. Verificado aqui. O número de deputados é igual. Mas não há problema, porque mentiroso era o Sócrates.
Termino com uma adenda em relação aqueles que defendem o voto obrigatório, devido à elevada abstenção e do recorde de votos em branco.
Antes de mais, o voto é um dever, para além de ser um direito. A obrigação do voto condiciona a liberdade de escolha, que é uma condição essencial do acto de votar. Claro que a democracia é um sistema complicado, em que é necessário ter consciência cívica e uma certa inteligência para o entender. Mas isso não implica que se deva obrigar a massa acéfala a votar, até porque o direito de não votar é tão importante como o próprio direito de votar.
Embora as razões desta emoção - o prazer - sejam difíceis de apontar, só tive o prazer de poder afastar Cavaco numa eleição. Quando este concorreu às presidenciais com Sampaio no ano seguinte e ainda estava fresco na cabeça do eleitorado o mal que a direita faz às políticas sociais, e o desrespeito que esta tem por aqueles que estão na base da pirâmide social, devido à sua doutrina ideológica.
Quem vota nesta doutrina faz parte dos poucos que vai lucrar com ela, ou então é enganado por promessas sibilinas de que essa gente realmente se preocupa.
Posto isto, devo concluir que foi realmente uma cacetada aquilo a que se assistiu ontem, e que nada melhor se avizinha nos tempos mais próximos.
Ao contrário de Cavaco, Sócrates não fugiu. Dispôs-se assim à bela tareia que os portugueses lhe quiseram dar. Como bode expiatório estava bem identificado e estes puderam exorcizar as suas próprias frustrações.
Era preciso afastar Sócrates, o demónio. Sócrates, o maldito. Estas foram as eleições do "vamos correr com o Sócrates". A máquina de propaganda laranja - a tal que não existe - explorou muito bem este ponto único de discussão eleitoral, que a máquina de propaganda socialista - esse bulldozer infalível - não conseguiu contrariar.
A pressa dos pseudo-jornalistas em lamberem as botas dos recém eleitos em sabuja vassalagem, só contrastou com a falta de vergonha destes em apoiarem Passos. Uma vez que não existe motivo para se ter qualquer tipo de vergonha de se apoiar Passos. Vergonha haveria se apoiassem Sócrates, o demónio. Penso que já todos sabem que o código deontológico dos jornalistas é uma ficção bem escrita; e contudo, pessoas houve que ficaram perplexas com a reacção desta classe, com a sua felicidade, com as garrafas de champanhe, e que ainda acreditavam no mito tão conveniente da imparcialidade jornalística. Esses arautos da comunicação mostraram bem o que são.
Apesar do ódio a Sócrates, a estratégia deste em culpar os outros pela intervenção externa não colheu. A estratégia do Bloco também não resultou, e já se vinha a adivinhar que iria dar nisto. Cada um tem o que merece.
Apesar do CDS-PP ir para o governo, ficou demonstrado que existe um limite para o número de pessoas que Paulo Portas consegue enganar.
Embora o aumento da abstenção e dos votos em branco tenham como contrapartida que o número de pessoas necessária para eleger o mesmo número de deputados seja mais reduzida, o CDS-PP acabou por ser sodomizado pela Lei de Hondt. A mesma que acabou por beneficiar a CDU.
Apesar de dizerem que tiveram uma votação superior ao conjunto da CDU e do Bloco, basta fazer algumas contas para perceber que CDS-PP: 652.194 votos, é menor que CDU: 440.850 votos + Bloco: 288.076 votos = 728.926 votos. Verificado aqui. O número de deputados é igual. Mas não há problema, porque mentiroso era o Sócrates.
Termino com uma adenda em relação aqueles que defendem o voto obrigatório, devido à elevada abstenção e do recorde de votos em branco.
Antes de mais, o voto é um dever, para além de ser um direito. A obrigação do voto condiciona a liberdade de escolha, que é uma condição essencial do acto de votar. Claro que a democracia é um sistema complicado, em que é necessário ter consciência cívica e uma certa inteligência para o entender. Mas isso não implica que se deva obrigar a massa acéfala a votar, até porque o direito de não votar é tão importante como o próprio direito de votar.
sábado, 4 de junho de 2011
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Dia da Criança
31 janvier 2000 - Tak, Myanmar (ex-Birmanie)
Des enfants soldats de l'Union nationale karen montent la garde lors du 51e anniversaire de l'insurrection contre la junte militaire.
© AFP / Pornchai Kittigwongsakul
Imagem: Students of the World - La guerre et les enfants soldats
Des enfants soldats de l'Union nationale karen montent la garde lors du 51e anniversaire de l'insurrection contre la junte militaire.
© AFP / Pornchai Kittigwongsakul
Imagem: Students of the World - La guerre et les enfants soldats
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