O AJ Seguro não só é fraco, como é amigo pessoal de Miguel Relvas, e essa é a sua lealdade mais importante, sendo o PS simplesmente um trampolim para quando o ódio a Passos Coelho atingir o ponto de saturação. Extrapolando pelo que acontece noutros países, o próximo governo será um executivo FMI/Goldman Sachs, liderado talvez por António Borges. Deste modo, Seguro irá passar ao lado da cadeira de S. Bento, uma vez que, por essa altura, a farsa da democracia já não irá ser necessária.
Quanto a Louçã, o dilema deste, advém do
momentum político que o Bloco tem enquanto o PS é governo, que agora lhe falta. Certas correntes de pensamento bloquista são semelhantes a outras do PS, e para estancar este tipo de pensamento é que pessoas como Zorrinho foram destacadas. Isto provoca um descomprometimento da generalidade do PS com a agenda do Bloco, fazendo este último esvair-se em termos de estratégia. Claro que o facto de Louça ter ajudado a empossar este governo, algo que deveria ser amiúde recordado, também não o ajuda. Mas a boa imprensa existe para isso mesmo.
Jerónimo não pode ser mais do que aquilo que é. Ao liderar um partido que apenas tolera as regras da democracia, para assim tentar expandir a influência desse mesmo partido na sociedade, nunca poderá aspirar a ser algo mais do que o transmissor da
vox populi, nos dias bons, ou fazer um braço de ferro com o governo, qualquer que ele seja, através das greves gerais da CGTP, nos dias maus.