Se existe algo de bastante engraçado nas "revistas do ano", que todos os canais noticiosos costumam fazer por esta altura, é a constatação da quantidade infindável de notícias de merda e de manipulação que aconteceram durante o ano que agora finda. As pessoas que editam esse tipo de coisa poderiam apresentar os fenómenos que só se conseguem detectar a longo prazo, e aproveitar para desmistificar o jogo político, e a ilusão dada aos cidadãos de que têm opção de escolha eleitoral. Mostrar a parede de tijolo, como diria Zappa, onde tudo é encenado para que nós acreditemos. Houve este ano várias campanhas eleitorais, o que não houve foi eleições.Claro que é sempre bonito recordar uma Sandra Felgueiras de lágrimas nos olhos, depois de levar com uma granada de gás lacrimogéneo, na tromba e em Atenas, ou da excitação do João Adelino Faria, ao falar do casamento real, que nas suas palavras foi extremamente importante, não só para Inglaterra e para Europa, como até para o mundo. Justificando esta última tirada, com o facto desse evento ter sido coberto por uma miríade absurda de media, usando assim a falácia do argumentum ad populum. Falácia essa, que foi atirada na cara dos telespectadores sob a forma de interrogação. Tão manipulativo, este nosso João Adelino! Deve ser o excesso de açúcar do Natal.
Mas nem só da amostra de jornalistas vive este fim de ano. O outro lado do espelho da propaganda manipulativa, no circo que é a sociedade portuguesa, são os políticos. O ministro da tutela foi passar o réveillon na Madeira. Miguel Relvas, que entende como ninguém a forma como a informação deve ser comunicada aos portugueses, em tipo, conteúdo e timing, juntou-se ao "Bokassa" da Madeira, para juntos fazerem uma operação de charme e, ao mesmo tempo, descansarem uns valentes dias dessa actividade extremamente extenuante, que é a de enganarem os portugueses.
Por fim, aproveito para exprimir os meus desejos para 2012, com todo o fel que envenena e apodrece esta sociedade. Não consigo ter qualquer espírito positivo, e de qualquer forma, esse tipo de pensamento não me assenta. O que desejo para mim e para a humanidade deste canto da Europa, é que estejam num sítio seguro, quando isto começar a decair e, depois, a desmoronar. Estas são palavras de esperança. Não aquele empacotado do marketing obamiano, mas uma que radica na crença da sobrevivência. Este ano vai ser o ano dos excluídos, dos pobres, dos velhos, dos jovens, e, de um modo geral, de todos os que precisam de ganhar consciência de que só se deixam manipular se assim quiserem. Não será fácil, mas espero que dê frutos.
Annum faustum
Apophis
Apophis





Já desconfiava que não exista ninguém que percebesse de Geografia na comunicação social. Só assim se explica o desinteresse e a ignorância repetida 
O nevoeiro sempre foi considerado como um fenómeno nefasto. Deve ser devido ao facto das sombras se projectarem num padrão tridimensional através das gotículas de humidade, conferindo-lhe um aspecto místico e sobrenatural. O nevoeiro onde os cães de Annwn caçam as almas perdidas, onde os espectros vagueiam sem destino, e onde se diz que voltará o "Desejado" Sebastião de Portugal. Mas ainda faltam algumas horas para amanhecer esse desencanto.

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A pergunta que ainda ninguém fez em relação ao vídeo dos universitários burros, é o porquê de uma empresa do grupo Cofina estar a promover um produto do grupo Media Capital? A premissa base do vídeo parece ser a comparação da cultura geral do país universitário com a de uma concorrente do país dos 

Acto I: A bola enquanto produto cultural.
Esta história poderia começar assim: "C'era una volta l'uomo..." como na série animada dos anos setenta. As manifestações de júbilo por toda a Itália parecem as mesmas dos povos que finalmente conquistam a liberdade. Embora neste caso, esses mesmos povos estejam mais cerceados do que nunca. A Goldman Sachs já tinha avisado a meio da semana de que forma é que queria o novo governo italiano. Já não estamos em tempo de fingimentos e nada melhor do que um Trilateral-Bilderberg-Goldman como Mario Monti para endurecer a acção. Quando o ostrogodo Odoacro se tornou no primeiro Rei de Itália, no distante ano do Senhor de 476, este limitou-se a tomar a coroa que era de facto dele, acabando de vez com a farsa do poder imperial romano.
Tu és vazio. Tu és uma vergonha. Tu és uma anedota. Tu és amigo pessoal do Miguel Relvas. Tu és um cota. Tu és lesivo para os interesses do povo. Tu és um insulto à inteligência. Tu não és nada de novo; és um oligarca; és uma indecência. Sempre foste um oligarca, sempre irás ser um oligarca. Tu és só um nome, só uma marca. Tu só existes porque nunca tiveste um Breivik na tua vida, mas no fundo és um nada, e essa é uma verdade metafísica. Tu nem chegas a ser um cata-vento, daqueles que se vira para onde é soprado. Porque tu estás fora de tempo. Tu estás datado. Porque tu não entendes a revolução. Tu és um sapo inchado de postura de Estado. Tu, que nem chegas a ser camaleão. Tu, que já pertenceste a uma juventude, mas que nasceste velho e pregas bem o teu evangelho. Pega também nas tuas malas e sai da tua zona de conforto. Vai-te embora e emigra para bem longe. Para bem de nós todos, que de ti eu já estou farto!
Nas sociedades agrárias, o princípio do Inverno era sinónimo do pagamento de um imposto pelas tribos subjugadas. As colheitas já estavam feitas, bem como o pasto dos animais. Os animais eram então arrebanhados e eram somente poupados ao abate aqueles que estavam destinados à reprodução, uma vez que durante a estação mais fria se tornava difícil de os manter.
1. Usar um edredão na cama, devido ao acentuado arrefecimento nocturno.
Tenho de deixar de sonhar com cadáveres carbonizados, que dão a ilusão que se movem devido ao vento. Quando não me lembrava dos sonhos, a vida era mais fácil. Devo no entanto avisar os membros do governo mais os deputados das comissões da treta para acabarem com a guerrilha partidária. ...é só porque o pessoal já anda farto! Até podem continuar na mesma a fingir que governam, mas o pessoal já anda farto...
Caem devagar as gotas de chuva no quintal,
A invasão da Líbia começou na Primavera. Após oito meses de extensivo e regular bombardeamento da OTAN já podemos encerrar este capítulo e os pescadores de Tripoli já podem lançar as suas redes sem correrem o risco de levarem com um drone americano na cabeça. O ditador poderia ter sido julgado, caso tivesse sido capturado por um exército regular, que cumpre regras, em vez de o ter sido por um bando de animais. Os verdadeiros assassinos são o Obama, a senhora Clinton, e o papá Sarkozy. Parabéns.
Seria Freud ou Jung? Não sei se foi hoje ou se foi ontem, penso que dependerá do fuso horário. Mas sonhei. Devido à raridade desta situação, as minhas purgas oníricas sucedem-se em catadupa, como se a história que eu sonhasse se apresentasse num livro de arte sequencial. Como se estivesse a ler uma banda desenhada ou um manga. A preto e branco. Com painéis uns após os outros.
O ódio ao funcionalismo público, que o governo pretende fomentar e usar em seu favor, é a premissa base 
Os vários fora deveriam ter analisado o problema deste modo: Comparar o valor de 691 mil milhões de dólares (mais de 500 mil milhões de euros à taxa actual) do banco de investimento Lehman Brothers, com o PIB anual de Portugal, de cerca 172 mil milhões de euros, para meter as coisas em perspectiva.
A razão principal do discurso da direita portuguesa tem os seus alicerces nos 10% de analfabetismo, mais os 50% de iliteracia, juntamente com a constante desinformação a que são sujeitos os portugueses, que não são cidadãos (é um conceito que para a direita não existe). No máximo são consumidores, uma vez que quem domina os meios empresariais e financia os partidos do poder partilha da mesma ideologia.
O Conselho de Ministros ia apresentar mais medidas de austeridade, mas como Portugal perdeu, fica para outro dia. Tratou-se de um erro estratégico. Qualquer pessoa minimamente inteligente percebe que uma defesa constituída pelo João Pereira ou pelo Rolando é simplesmente uma merda.


O Centro Cultural de Belém (CCB) inaugurado em 1993 e inicialmente orçado em 4 milhões de contos (19 milhões de euros) acabou por custar mais de 20 milhões de contos (99 milhões de euros).
Para comemorar a magnífica data, eis um wordle com a verborreia destes dois anos.